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20 de abril de 2011

AUTOLATRIA, A INIQUIDADE DO DIABO.

Autolatria, a iniquidade do diabo

“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que lembres dele? E o filho do homem para que o visites?”  (Sl 8.3,4).

"O orgulho é a origem de todos os pecados. É a iniqüidade que precede todas as iniqüidades. O orgulho leva o homem a adorar a si próprio e a desprezar a Deus."

Ezequiel 28.11 -  Veio mais a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
12 Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
13 Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turqueza, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados.
14 Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.
16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas.
17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti."


               A pior idolatria é quando o homem, esquecendo-se de que é criatura, exalta-se acima do Criador. Haja vista o rei de Babilônia. Engrandeceu-se Nabucodonosor de tal maneira, que veio a concluir ser mais poderoso do que o próprio Todo-Poderoso. E o que dizer daquele Herodes aclamado como deus? Em conseqüência de sua altivez, foram ambos abatidos. Se o primeiro viu-se constrangido a alimentar-se da comida dos bichos, o segundo, dos bichos, virou comida.
Se a autolatria no passado era doença, é epidemia no presente. Nunca o homem exaltou-se tanto. Infelizmente, essa moléstia vai ganhando terreno até entre os que se dizem povo de Deus e seguidores do humilde Nazareno.

I. O QUE É A AUTOLATRIA

A palavra autolatria é formada por dois vocábulos gregos: autos, a si mesmo + latria, adoração. Autolatria, por conseguinte, é a adoração de si próprio.
É conhecida também como egolatria. Ou seja: o endeusamento do ego.

II. A ORIGEM DA AUTOLATRIA

É nas páginas do Antigo Testamento que encontraremos a origem da autolatria. Vê-la-emos no ungido querubim que, devido a sua formosura e elevada posição, exalçou-se, rebelando-se contra o Senhor. E o que diremos de nossos primeiros pais que, seduzidos com a possibilidade de serem iguais a Deus, comeram do fruto proibido? Em conseqüência, foram Adão e Eva expulsos do Jardim do Éden, trazendo a maldição sobre todos os seus descendentes.

1. O querubim ungido. Os profetas Isaías e Ezequiel, utilizando-se de tipos humanos, mostram como a autolatria, com todos os seus males, foi introduzida no Universo.
Isaías apresenta o príncipe babilônico como um dos mais perfeitos tipos do magistral ente celeste que, embora criado para a glória de Deus, resolveu roubar-lha para si (Is 14.12-19). Aliás, queria ele uma glória superior a de Deus. O profeta destaca-o também como a estrela dalva de tão perfeito que era. Lendo esta passagem, não há como evitar a pergunta: “Pode a perfeição gerar a imperfeição?” Foi o que aconteceu a esse trágico personagem. Somente a perfeição de Deus é sumamente perfeita.
Já Ezequiel introduz o ungido querubim, tipificando-o a partir do rei de Tiro. Leia com atenção o capítulo 28 desse profeta, e veja quão glorioso e magnífico era aquele anjo. Sua formosura era tanta que o levou à soberba, e a soberba, à ruína. O anjo que tanto poder detinha, viu-se transformado num ser que tem as trevas como símbolo.
2. Adão e Eva. Embora criados segundo a imagem e semelhança de Deus, nossos primeiros pais não o glorificaram como o seu Criador e Senhor Supremo. Eram criaturas, e disto se esqueceram. E quando confrontados pelo maligno, deixaram-se iludir pela possibilidade de serem iguais a Deus (Gn 3.5). Adão e Eva exaltaram-se, ignoraram o mandamento divino, comeram do fruto proibido e caíram em transgressão, comprometendo toda a sua descendência.
Como o santíssimo Deus não tolerava (e não tolera!) a iniqüidade, expulsou-os do Éden. Cumpria-se, assim, na vida de Adão e Eva a inexorável
sentença: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). O desejo de querer ser como Deus só lhes trouxe dissabores, tristezas e maldições.
3. A autolatria no ministério cristão. Paulo tinha em vista a queda de Satanás ao endereçar a Timóteo a seguinte recomendação: “não seja (o bispo) neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo” (1 Tm 3.6). O que isso significa? O obreiro não experimentado facilmente orgulha-se do que não lhe pertence, e corre o risco de ter o seu castiçal removido (Ap 2.5). Conscientizemo-nos disto:
Se estamos no ministério é porque Deus, em sua infinita misericórdia, nos chamou. Cumpramos, pois, fielmente o nosso mandato, e roguemos ao Senhor nos guarde da soberba.
Cuidado! A autolatria é uma praga; não pode ser acalentada. Somente Cristo haverá de ser exaltado na Igreja de Deus

III. ATITUDES QUE LEVAM A AUTOLATRIA

Acha-se o presente século contagiado por posturas e atitudes que, cruel e implacavelmente, impelem a humanidade a uma virulenta autolatria.
Infelizmente, esta não se tem limitado aos círculos mundanos; jaz-se bem agasalhada em muitos homens e mulheres que professam o nome do Senhor, mas o negam com o seu testemunho. Urge identificar as atitudes e posturas que levam à autolatria, a fim de que possamos livrar-nos delas.
1. A soberba espiritual. Esta é uma das mais nocivas autolatrias; engana, se possível, até os escolhidos. Jeremias, por exemplo, teve muitas
dificuldades com as pessoas contaminadas por este vírus. Enquanto o atalaia de Jeová proclamava a Palavra de Deus, vinham os falsos profetas e, atrevida e soberbamente, alegavam que a mensagem de Jeová estava com eles e não com Jeremias (Jr 23.1-40).
Quem eram esses sujeitos? Homens corruptos e corrompidos que, assalariados pelo governo de Judá, tinham como tarefa enganar o povo e apregoar uma paz que não existia e uma abundância que não passava de miséria. Assemelhavam-se eles aos falazes teólogos da prosperidade e aos insolentes criadores da confissão positiva.
2. Espírito altivo. Certa vez um líder neopentecostal afirmou que não concordava com a assertiva bíblica de que os filhos de Deus devemos ser pobres de espírito. Desmerecia ele, assim, a primeira bem-aventurança de Nosso Senhor pronunciada no Sermão do Monte. Segundo o tal líder, temos de ser ricos de espírito. Teria ele se esquecido do complemento da bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus” (Mt 5.3)?

Antes de dizermos tais asneiras, atenhamo-nos ao que a Bíblia realmente diz. Ser pobre de espírito significa: 1) depender única e exclusivamente de Deus; 
2) colocar nEle toda a nossa suficiência; 
3) e agir segundo a sua soberana vontade. 
Aos pobres de espírito atenta o Senhor; quanto aos exaltados, despreza-os Ele (Sl 51.17). Eis chegado o momento de contristarmos nossas almas. Caso contrário: não ouvirá o Senhor a nossa oração. O pobre de espírito jamais cairá no pecado da autolatria.
3. O desprezo pela vontade de Deus. Um ousado discípulo da confissão positiva disse, certa ocasião, discordar do estribilho do hino 127 da Harpa Cristã (hinário da Assembleia de Deus). Ao invés de cantar: “Sim, alegre, atendo ao Teu mandar”, punha-se ele a cantarolar irreverentemente: “Sim, alegre, Ele atende ao
meu mandar”.
Somente um consumado autólatra poderia dizer, ou melhor, entoar tais sandices. Cumpre anunciarmos ao mundo todo o senhorio de Cristo através de atos e palavras. Ele é o Senhor; nós os seus servos. Que esta seja a nossa oração: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.9,10; Rm 14.9; Fp 2.10).

Quer evitar a autolatria? Deseja subjugar o orgulho? 
Coloque a vontade de Deus acima de todas as coisas. Os que se recusam a fazê-lo, agem como aqueles trágicos e desprezados personagens dos Salmos: “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém quem faça o bem” (Sl 14.1). 
Desprezar a vontade de Deus não é apenas tolice; é também o passo inicial para se cair no abismo onde se encontra o Diabo e seus anjos.

CONCLUSÃO

O orgulho é o pior dos pecados; é a mais loucas das iniqüidades. Na gênese de todas as impiedades, encontra-se a soberba. Fuja deste pecado!
Consagre toda a sua vida ao Senhor Jesus. Afinal, deixou Ele o exemplo dos exemplos.
Embora fosse Deus, esvaziou-se o Cristo de todas as suas prerrogativas e glórias, a fim de morrer em nosso lugar (Fp 2.1-11). Se Ele que era Deus fez-se servo, o que não devemos fazer nós que não passamos de servos vis e inúteis?

Que o meigo e doce Jesus seja sempre exaltado em nossa vida, por nossa vida e através de nossa vida! Somente Ele merece toda a glória, toda a honra, todo o poder e todas as ações de graças. 
Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Aleluia!

Fonte:
Lições Bíblicas CPAD 2.º Trimestre de 2000


FONTE: BEREIANO.