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EFESIOS 5:11 "E NÃO SEJAIS PARTICIPANTES NAS INFRUTIFERAS OBRAS DAS TREVAS, ANTES POREM REPROVAI-AS."

6 de janeiro de 2011

ESPIRITISMO: MOISE E ELIAS!





Pastor Caio: A paz do Senhor!
Eu tenho uma pergunta incômoda, pelo menos para mim. Espero que a resposta seja satisfatória para todos aqueles que verdadeiramente buscam, no plano racional e, porque não dizer, espiritual também.
Aí vai a dúvida: Na transfiguração, o que aconteceu? Pois vejo que pode haver uma brecha para um argumento de ordem espírita. Explico: Elias foi arrebatado, até aí tudo bem; afinal, assim podemos argumentar em favor da sua aparição na Transfiguração. Mas o que dizer de Moisés?
Pastor, isso é importante, pois, quando nos deparamos com possíveis aparições de Maria, por quaisquer motivos, para explicar algo ou para consolar alguém, por exemplo; temos um problema
Dizer que o destino de Moisés é um enigma, não esgota a questão, apenas reforça a pergunta. O que se entende por comunicação? Ter uma visão não significaria também comunicar-se? Houve comunicação entre vivos e mortos? Aguardo ansioso por sua resposta.
Resposta:

Jonas, querido: Vamos lá!
1. Deus é livre para fazer o que quiser. Ele não pede permissão a ninguém para fazer qualquer coisa, muito menos se preocupa com o que pensam os espíritas, os evangélicos e ou os budistas. Ele faz o que quer, e como bem entende.
2. Essa briga é religiosa. Deus não participa desse debate. Ri-se deles, o Senhor!
3. Qualquer “resposta” a essa questão, na minha maneira de ver, tem que iniciar com a Soberania de Deus para ser Deus, e agir como bem entender. Deus não está confinado por aquilo que Ele nos proíbe de fazer.
4. Para mim, antes de responder à questão tópica, tem-se que saber disso, mais uma vez: Deus não está confinado por aquilo que Ele nos proíbe de fazer. Ele proíbe coisas, para nós — Suas criaturas —, mas não para Si mesmo.
A criação toda é um exemplo claro de que as espécies vivem cada uma ao seu próprio modo; e, muitas coisas naturais na criação, não são naturais para o homem. Por quê? Porque Deus assim determinou. Mas, na criação, Deus nos mostra Sua total liberdade para criar o impensável, o absurdo, o que não faz sentido para nós.
5. Veja o fundo do mar; isso pra a gente não ir mais distante. Faz algum sentido, para você, o que acontece naquele mundo? Os seres que ali aparecem, se nunca tivessem sido vistos como bichos da “Terra”, apesar de estarem no “mar”, nos seriam coisas alienígenas; os que possuem biolumenescência, poderiam até serem confundidos com anjos, querubins e serafins. Mas não são. São apenas peixes!
6. E o que isto tem a ver com nosso tema? Bem, Deus é livre. Quando Ele me diz pra não fazer algo, isso não significa que Ele não possa fazer o que Ele me impede de fazer. Quem criou todas as coisas, pode todas as coisas para Si mesmo.
Se Deus fez, Deus estabeleceu que Seu reino vai até os extremos de tudo o que criou; isso, para não falar que Deus está sempre criando. Criar é o que procede de Deus; assim como respirar é o que nos faz viver.
Estaria Deus preso à necessidade de criar? Claro que não. Mas porque Ele é, coisas são. E sempre estão sendo e se renovando Nele!
7. Bem, e Elias? E Moisés? O que eles têm a ver com isto? E as sessões espíritas? E as crises evangélicas com os textos usados pelos espíritas?
8. Eu nunca consultei, não consulto e jamais consultarei os mortos, porque Deus me disse para jamais fazê-lo. E ponto. Eu obedeço. Isso me basta!
9. Todavia, não o faço pela vitória doutrinária sobre a tese espírita. Há muita coisa que é real, embora esteja proibida para nós. As coisas reveladas são para nós e os nossos filhos; as ocultas pertencem ao Senhor nosso Deus.
10. Estou fugindo da resposta? Não, não me tome por evasivo!
11. Eu penso o seguinte:
11.1. Moisés morreu, e o Senhor o sepultou — isso, a Bíblia diz. Depois, em Judas, lemos acerca da disputa de Satanás com o arcanjo Miguel acerca do corpo de Moisés; ora, essa declaração vem de textos que não estão em nossas Bíblias, mas que foram usados pelos autores bíblicos; e tais declarações foram feitas nos textos da tradição judaica - alguns apócrifos para nós; outros, pseudo-epígrafes, como o Livro de Enoque.
Paulo, Pedro e Judas serviram-se bastante dessas tradições. Paulo tem frases inteiras em seus textos, que ecoam o livro de Enoque (está saindo o meu livro Nephilim, com “notas de roda-pé”, e que explicará bem melhor essa questão).
11.2. A Cosmologia espiritual de Paulo (II Co 12; terceiro céu) vem do livro de Enoque.
A segunda epístola de Pedro é uma síntese de Enoque — mesmo tema, mesmo desenvolvimento, mesma viagem.
Judas, em sua epístola, faz isso ainda de modo mais explícito: chega mesmo a citar Enoque — com palavras literais do livro atribuído a Enoque —, e é de textos como esse que ficamos sabendo da disputa de Satanás acerca do corpo de Moisés; isso no Novo Testamento.
Assim, ficamos sabendo que houve uma batalha simbólica, pela matéria de Moisés; seu corpo. Por quê? Ora, a Bíblia quase nunca explica, apenas conta a história; e pelo “tom”, a gente fica sabendo se o assunto está aberto ou se está fechado; sendo, nesse caso, apenas contado — e já deveríamos ficar agradecidos!
11.3. Bem, Elias, como você disse, foi trasladado, à semelhança de Enoque, para que não visse a morte.
11.4. Será que isto daria a eles um lugar garantido na Transfiguração em razão de não terem apodrecido no chão da Terra? Pessoalmente, não creio nisto. Se esse fosse o critério, Enoque teria que ter estado lá antes de qualquer outro.
11.5. Vou falar o que penso, mas quero deixar bem clara a ressalva de que Deus pode estar rindo de mim; Ele sabe que eu entendo esses risos Dele; especialmente quando afirmo aquilo que não pode ser “afirmado”, mas apenas expresso.
Portanto, não afirmo expressamente, apenas expresso de modo afirmativo minha própria convicção, e deixando bem claro que ela habita a periferia de minhas preocupações!
11.6. Sim, afirmo que Moisés e Elias estavam ali, como uma “mensagem” de natureza histórico-salvífica. Ou seja: A Lei e os Profetas estavam dando testemunho do Filho de Deus. Ambos, Moisés e Elias, representavam uma legião de testemunhas.
11.7. A Transfiguração apontava a convergência da História da Fé para Aquele que era o Enviado; o objeto de todas as lutas e de todas as esperanças de todos os que nos precederam, e de toda a Revelação.
11.8. A Lei e os Profetas estavam fazendo sua síntese ali, em Cristo.
12. Quanto a isto parecer uma sessão espírita; e quanto a abrir precedentes para falsas interpretações, tenho algumas coisas a dizer:
a) é problema de Deus, não meu; foi Ele quem fez a Transfiguração ser do jeito que foi. E, pelo visto, Ele não estava e nem está preocupado com isto;
b) o mandamento que proíbe a consulta aos mortos não nos fala nada sobre se tais contatos são possíveis ou não; apenas estabelece que isso é uma abominação ao Senhor. Para mim isso basta; não preciso saber se não pode porque não acontece, ou se não pode porque acontece; ou se não pode porque o que “acontece” é obra do diabo. Se Deus disse explicitamente algo, para mim está dito explicitamente; e vivo pela fé no bem de Deus para mim;
c) nosso problema com essas “coisas” acontece porque ficamos querendo vencer as “outras convicções” em disputas doutrinárias e lógicas; e mais: transformamos um “precedente” na própria Bíblia, em algo a virar regra.
Responda-me: quantas vezes se lêem na Bíblia, coisas acerca disso?
De fato, há os “precedentes” de Saul e a Pitonisa de Endor; há João Batista, que Jesus disse ser Elias - porém João, quando perguntado sobre sua “identidade Eliasiana” histórica, disse: “Não sou Elias”; e há a Transfiguração.
13. Ora, esses precedentes estão todos sem explicação lógica, são apenas narrativas. E é bom notar que o próprio Jesus não facilitou as coisas; afinal, não deu maiores explicações sobre o tema de João ser Elias, mas apenas nos revelou Sua própria liberdade de falar sem explicar.
14. Então, voltando à questão, eu repito: essas coisas são um problema para nós; Deus não nos deixou isto como um problema; Moisés deixou claro que o oculto pertence a Deus. E foi nosso orgulho de supremacia “lógica” na argumentação, o que nos levou a “criar o espaço” para o espiritismo.
15. Isso mesmo: o espiritismo é uma criação “cristã”. Veja que Jesus está lá, nos textos e doutrinas; e até com mais lógica de conteúdo do que em muitas confissões evangélicas - como essas que hoje crescem e estão na televisão; erro por erro; uso indevido por uso indevido; falsificação de conteúdos por falsificação de conteúdos — teríamos que admitir que se fôssemos honestos em nossas “apologias doutrinárias”, necessitaríamos dar o mesmo tratamento que damos ao espiritismo e seus co-relacionados, aos cultos evangélicos que criam a mesma relativização da Cruz e do mundo espiritual, contra o Evangelho.
16. Então você me pergunta: Você acha possível que mortos — arrebatados ou não — possam falar com os homens?
17. Minha resposta mais honesta, pela ausência de explicação bíblica, é um “não sei”.
18. Mas se você me pergunta: você acha que isso possa acontecer sem a permissão divina? Minha resposta é um sonoro “Não”.
19. Então você me pergunta: O que, então, você crê acerca disso? Bem, falo do que eu creio para mim.
20. Creio que consultar mortos é uma abominação (está escrito), e creio que não se deva fazê-lo por duas razões:
1) porque está explicitamente proibido;
2) porque se está proibido, é porque é mal, para os humanos.
Para mim, sinceramente, isso encerra a questão. E, também, nunca entro nessas questões quando estou conversando com espíritas. Se me perguntam, eu falo. Se não me perguntam, eu falo de Jesus, da Boa Nova de que em Cristo não há carma, não há retornos de autopurificação, não há purgatórios; nem no céu e nem na terra, onde se tenha que pagar as dívidas de existências anteriores. Pela Graça sois salvos!
Meu amado, do ponto de vista “lógico” não há nada a ser dito. Mesmo que você parta do fato histórico da Ressurreição como sendo o validador de todas as nossas supostas certezas doutrinárias periféricas — digo isto porque o Novo Testamento não se preocupa com essas outras questões: Cristo é o Senhor e Salvador! —; ainda assim, o pressuposto a ser a base para a certeza, ainda é a fé.
A Ressurreição foi histórica: Jesus ressuscitou dos mortos. Mas nós não vimos, nós cremos no testemunho dos que viram; e fomos iluminados por essa fé, que, para nós, nos foi dada como revelação do Espírito. Então, temos que andar em fé. Portanto, não adianta a lógica.
O que faz diferença é a natureza da fé; se ela se fundamenta em Cristo e Seus méritos de salvação a nós imputados; ou se se fundamenta no homem e em suas conquistas morais, éticas, e de virtudes pessoais — ou de desvirtudes que recebem como punição uma “volta ao mundo” a fim de purgar pecados.
Sem a fé em Jesus, qualquer coisa é qualquer coisa. E sobre todo pressuposto se podem construir belas doutrinas, todas muito bem concatenadas.
Por isso, é pura perda de tempo tentar convencer espíritas de que eles estão errados e nós certos; sendo que na maioria das vezes eles são, como pessoas, mais “certas” do que a maioria de nós. É em razão disso que os evangélicos têm que ficar disputando doutrinas com os espíritas: não temos vida; então temos que ter vantagem lógica. Tudo bobagem!
E, como disse, foi a perversão da fé cristã o que criou o espiritismo ocidental, todo ele bem cristão, e cheio de “evangelho”.
E por quê? Pelas mesmas razões de hoje: eles olhavam para nós e não viam em quê nossa fé pudesse fazer qualquer diferença entre nós e eles. E como o Espírito Santo se manifestou muito pouco dentro da “oficialidade da fé cristã”, sobrou aos piedosos, porém equivocados, a seguinte questão: será que esse “vazio” espiritual não vem justamente pela falta desse “contato imediato” com os espíritos? Bem, a resposta está aí!
Concluindo, quero dizer que nenhum morto jamais me apareceu ou aparecerá. E que qualquer coisa que vier — seja de que mundo for —, sairá em Nome de Jesus; pois, quem ordenou que não se consultasse os mortos, é o mesmo que nos deu autoridade sobre todo poder maligno — e eu jamais teria dúvidas, para mim, quanto a repreender tais coisas em Nome do Senhor de Todas as Coisas.
Assim passei minha vida toda. Houve momentos em que me parecia ser importante provar que aquilo tudo era do diabo. Hoje eu sei que até a tentativa de provar isso é também do diabo.
Eu prego a Cristo, que morreu pelos meus pecados, segundo as Escrituras; e que ressuscitou dos mortos, também segundo as Escrituras; e que está acima de todo principado, trono e poder; e que é Senhor de vivos e de mortos. Portanto, tudo e todos estão sob a Sua Soberania. Quem crê nisto não tem mais problemas com essa questão.
No fim, tudo volta ao de sempre: “O meu justo viverá pela fé; e se retroceder, nele não está o meu coração”— diz o Senhor.
Todo espírito que não confessa que Jesus Cristo é Deus Encarnado, não procede de Deus, mas do anticristo. E todo espírito que confessar qualquer outra doutrina, tem que ser repreendido, solenemente, em Nome de Jesus!
Espero ter sido útil.

Nele,

Caio

Escrito em 2003





OBS: Quanto a este assunto eu creio do fundo do coração que Moisés e Elias não baixaram no monte da transfiguração, mas Pedro, Tiago e João tiveram uma visão no monte da transfiguração. Visão de Jesus em Sua glória no céu. Visão não é manifestação de espírito desencarnado, não é incorporação, visto que ninguém ali era médium. É isto, Jesus em Sua glória é muito diferente de sessão espírita.

Cláudio.

IDOLATRIA DISFARÇADA.

Idolatria disfarçada




Por Paulo Cristiano da Silva



Os católicos sempre encontraram uma maneira de se livrar da acusação de serem idólatras. Quando pressionados com textos bíblicos sobre seu modo de culto prestado a Deus, aos santos, às imagens, às relíquias, à eucaristia e à Maria, prontamente respondem que não levamos em conta a cuidadosa distinção de culto feita pela Igreja Católica para não incorrer neste pecado.
Os eruditos católicos precisam fazer esta distinção, pois, sem ela, não poderiam escudar-se quando pressionados com a acusação de idolatria. Com esta nuança de palavras, sentem-se livres para prosseguir com seus sofismas teológicos. Diante das severas advertências bíblicas, foi necessário fabricar-se uma tríplice distinção entre o que eles classificam “latria”, que seria o grau mais alto de adoração, “hiperdulia”, um grau abaixo daquele (tido como veneração a Maria) e superior à “dulia”, também veneração, mas prestada aos santos e aos objetos relacionados a tais santos, como, por exemplo, as imagens.
Os católicos dizem que prestam unicamente o culto de “latria” a Deus e o culto de “dulia” aos santos, sem incorrerem no risco de confundi-los. Contudo, esta “cuidadosa” diferença desaparece na prática. Vejamos, mais à frente, como ela tende a se confundir no desenrolar do culto que o devoto católico presta.
O papa Gregório estava errado quando disse que “as imagens são os livros dos ignorantes”. A bem da verdade, as imagens são mais eficazes para cegar os olhos espirituais destas pessoas e, conseqüentemente, deixá-las mais ignorantes ainda, do que para tirá-las desta condição.
Quando a imagem de algum “santo” cai no chão e quebra, o devoto não diz apenas que a imagem se quebrou, mas afirma ter quebrado o próprio santo, seja ele Antônio, Benedito, Jorge, José, entre outros, repetindo assim o episódio de Labão, que acusou Jacó de roubar não só suas imagens, mas seus “deuses” (Gn 31.30).
Imagine um católico fazendo a oração que segue, curta e fervorosa, diante do quadro da sagrada família — Jesus, Maria e José.
Meu Jesus, misericórdia.
Doce coração de Maria, sede a minha salvação.
Jesus, Maria, José eu vos dou meu coração e minha alma.
Jesus, Maria, José assisti-me na última agonia.
Jesus, Maria, José, expire a minha alma entre vós em paz.
Amém.
Perguntamos: Qual é o católico que consegue fazer a distinção entre “latria”, “dulia” e “hiperdulia” quando se prostra para rezar fervorosamente perante os três personagens do quadro? Como bem expressou a pesquisadora de religiões, Mary Schultze: “a mão-de-obra é grande demais!”
Como quase todas as invenções doutrinárias do catolicismo através dos séculos têm seu embrião no paganismo, esta suposta distinção entre um culto e outro não é uma exceção. Os pagãos rodeados por seus muitos deuses e intercessores fizeram uma hierarquia de culto para eles, distinguindo entre divindades maiores e divindades menores. A Roma papal, cópia fiel do paganismo, também procedeu do mesmo jeito. Isto nos traz à memória um texto bíblico em que aparece uma situação análoga: “Assim estas nações temiam ao SENHOR e serviam as suas imagens de escultura; também seus filhos, e os filhos de seus filhos, como fizeram seus pais, assim fazem eles até o dia de hoje” (2Rs 17.41; grifo do autor).
O correto uso dos vocábulos da Bíblia
Os termos gregos dulia e latria não têm nenhuma semelhança com a definição que lhes dá o catolicismo. Podemos desmontar este arcabouço doutrinário levantado pela teologia romanista simplesmente recorrendo ao original grego do Novo Testamento.
Dulia: é derivado do verbo grego douléuo, cujo equivalente é “servir”, “ser escravo”, “subserviente”. Este verbo é usado para expressar o nosso dever de servir a Deus, e aparece em passagens como:

Mateus 6.24

“Ninguém pode servir (douleuein) a dois senhores...”
Atos 20.19
“Servindo (douleuôn) ao Senhor com toda a humildade...”
Romanos 12.11 (V. tb. 14.18)
Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo (douleuontes) ao Senhor”
Latria: o termo aparece nas escrituras gregas cristãs como adoração como culto, ritos, cerimônias, serviços exteriores. Vejamos alguns exemplos de seu uso:
João 16.2
“Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço (latreian) a Deus”.
Romanos 9.4 (V. tb.12.1)
“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto (latreia), e as promessas”
Hebreus 9.6 (V. tb. 9.1)
“Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços (latreias)”
A palavra comumente usada na Bíblia Sagrada para adoração é proskyneo, cujo significado, entre outros, é prostrar-se e adorar, e não latreia. Vejamos:
Mateus 4.10
“Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás (proskunêseis), e só a ele servirás (latreuseis)”
Tanto o culto de latria quanto o de dulia devem ser prestados somente a Deus, e a mais ninguém. Somente diante de Deus devemos nos prostrar e somente a Ele devemos servir. Portanto, servir a alguém em sentido religioso que não seja o próprio Deus é declaradamente idolatria, e foi essa a censura do apóstolo Paulo quando escreveu aos gálatas reprovando a vida idólatra que outrora levavam.
“Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses” (Gl 4.8).
No original grego aparece a palavra dulia. Era justamente este o tipo de culto que os gálatas prestavam aos seus deuses, mas nem por isso Paulo os poupou de serem chamados de idólatras.
Aos tessalonicenses, o apóstolo diz o seguinte: “Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro” (1Ts 1.9).
Diante disso, entendemos que o culto de dulia deve ser prestado com exclusividade a Deus, ficando claro que o apóstolo, ao usar o termo dulia, condena esta superstição com a mesma força com que a condenaria com o termo latria” (Institutas, livro I, cap. 12).
O que é hiperdulia?
A definição do dicionarista para o prefixo hiper é: “posição superior; além; excesso”. Será que com o culto de hiperdulia os católicos não estariam cultuando a Maria acima e além de Deus e, conseqüentemente, transformando-a em um ídolo? As Escrituras nunca registram uma hiperdulia para Deus, mas apenas a dulia, já os católicos querem prestar a Maria um culto ou serviço superior ao que é prestado ao próprio Deus, ou seja, uma hiperdulia!
Para que nenhum católico diga que estamos jogando com as palavras para acusá-lo falsamente, vejamos o
que afirma o livreto intitulado “Com Maria rumo ao novo milênio”, da editora Paulus:
“Houve um tempo em que os católicos veneravam demais os santos. Esqueceram-se um pouco de Jesus. Ele até parecia um santo ao lado dos outros...” (p. 13; grifo do autor).
Evidências disso são os títulos “santóides” conferidos a Jesus, tais como: “São Bom Jesus dos Milagres” e “Senhor Jesus do Bonfim”, entre outros.
Se isto não for idolatria, então não sabemos mais o que poderia ser!
Todavia, os fatos falam por si só. E a questão em pauta envolve fatos, e não nomes. Alguém já disse que “contra fatos não há argumentos”. Não adianta querer esconder a situação espiritual em que os católicos se encontram com sutilezas e supostas distinções de palavras. Suas práticas constituem-se em atos de adoração explícita, ou seja, quando um católico se prostra diante de uma imagem de Maria e lhe faz pedidos, isto é idolatria.
Onde está a diferença da qualidade do culto que prestam a Deus, aos santos ou a Maria e suas imagens? Ela desaparece por completo no desenrolar da adoração do fiel.
Por tudo isso é que não podemos aceitar a sutileza usada pelos teólogos católicos para diferenciar os tipos de culto que prestam em seus “arraiais”.
Oremos para que o Espírito Santo conceda-lhes oportunidades de reconhecer, em tempo oportuno, aquele que é o único digno de adoração. De verdadeira adoração!

CULTO A DEUSA MÃE.

Culto a Deusa Mãe
                                                                                Por Hélio de Souza
“...todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios” (At 19.34)
“E m dado momento, abrem-se par em par as portas de cipreste do templo. As multidões que convergiam de todas as partes da Ásia Menor, da Galácia, da Capadócia, da Macedônia e da Acaia, tanto sãos como enfermos, aleijados com as suas muletas, cegos guiados por crianças, paralíticos carregados em padiolas, se comprimem entre as colunas fronteiras à fachada. Todos esperam o momento de erguer-se o véu da deusa.
“Um longo clangor de trombeta, um rápido estrurgir de tambores e, em seguida, um intervalo de silêncio. Uma nuvem de incenso paira na praça. Dentro e fora do templo os fiéis se prosternam retendo o fôlego. O véu de seda é lentamente retirado. Sobre o pedestal de mármore negro, cercado de misteriosos hieróglifos indecifráveis, ergue-se a deusa Diana de Éfeso, que Apolo enviou do céu à terra.
“No momento em que foi desvendado, um brado comovido se propagou do salão para o pórtico e do pórtico para a praça, onde milhares de fiéis estavam prostrados em terra.
- Viva a grande Diana dos efésios!
“Um êxtase de esperança e de temor dominou a multidão que se quedou de olhos fechados, lábios contraídos e frontes a se tocarem uma nas outras... Levantando-se então os fiéis seguiram de roldão para as portas do templo. Os cegos, os coxos e os enfermos avançavam como podiam, com os pés ou de rastos, em direção à deusa que não viam, amparando-se uns aos outros e gritando suas orações. Aqui e ali vozes delirantes soavam:
– Milagre! Milagre! O coxo está caminhando! O enfermo desceu da cama!
“A esses brados saía do templo um grupo de sacerdotes e, atravessando a multidão, eles reuniam as muletas jogadas fora, para pendurá-las como troféus nas paredes do templo, em homenagem à grande deusa Diana”.1
Com essas palavras, o escritor judeu-cristão polonês, Sholem Asch, descreveu o culto à deusa Diana, tão popular na região da Ásia Menor, nos primórdios da Era Cristã. Como podemos conferir, qualquer semelhança com os cultos modernos às chamadas “Nossas Senhoras” não é mera coincidência, mas perpetuação de uma milenar tradição de culto a deusas, hoje disfarçada com matiz cristã. E não estamos falando de uma pequena seita obscura, existente em algum povo atrasado em um país exótico, mas de uma religião que possui milhões de adeptos, com uma força de devoção que chega à beira da loucura: o “marianismo”.
E não é preciso ser teólogo para perceber isso. Qualquer conhecedor de História pode constatar. Em uma revista de circulação nacional foi publicada uma matéria com o título: “No princípio, eram as deusas”. O texto se desenvolve da seguinte forma: “As deusas só foram destronadas com o advento das religiões monoteístas, que admitem um só deus, masculino. Com a difusão do cristianismo, as antigas deusas são banidas do imaginário popular. No Ocidente, algumas acabaram associadas à Virgem Maria, mãe do Deus dos cristãos, outras se transformaram em santas... Nos primeiros séculos cristãos, Ísis passou a ser identificada com Maria”. O historiador Will Durant em sua História da Civilização diz: “O povo adorava-a (Isis) com especial ternura e erguia-lhe imagens, consideravam-na Mãe de Deus; seus tonsurados sacerdotes exaltavam-na em sonoros cantos...e mostravam-na num estábulo, amamentando um bebê miraculosamente concebido...Os primitivos cristãos muitas vezes se curvavam diante das estátuas de Ísis com o pequeno Hórus ao seio, vendo nelas outra forma do velho e nobre mito pelo qual a mulher , criando todas as coisas, tornou-se por fim a Mãe de Deus (grifo do autor) 2”.
Status de deusa
O paganismo não se conformou em ficar sem suas deusas. Assumindo características culturais e étnicas de cada nação, o culto à deusa Maria foi se adaptando à devoção popular com uma versatilidade incrível. Desde suntuosos santuários até silhuetas em vidros e grãos de milho, inúmeras aparições no mundo inteiro dão status de deusa a estas supostas aparições, incorporando-as ao acervo popular de inúmeras nações.
No Brasil, a chamada “Senhora Aparecida” possui traços raciais negros e seu culto está muito ligado à cultura afro. Seu santuário, na cidade de Aparecida, chega a receber 6,5 milhões de visitantes por ano. Em Portugal, a deusa Maria, conhecida como “Senhora de Fátima”, assume características raciais européias, bem como a “Senhora de Lourdes”, na França. Elas recebem, respectivamente, cerca de 4,2 milhões e 5,5 milhões de visitas por ano. Entre outras divindades nacionais, ainda podemos citar a “Senhora de Guadalupe”, no México, e a “Senhora da Estrela da Manhã”, no Japão.
Não é óbvio presumirmos que as antigas divindades tutelares reverenciadas no passado apenas mudaram de nome? Diana para os efésios, Nun para os ninivitas, Ishtar para os babilônios, Kali para os hindus e, assim, continuam sendo cultuadas por meio de um pseudocristianismo.
Além de divindades nacionais, o marianismo assume características regionais e funcionais, assenhoreando-se de cidades e regiões, assumindo diferentes nomes e funções. Assim, temos no Brasil a “Nossa Senhora do Monte Serrat”, “Nossa Senhora do Rosário”, “Nossa Senhora das Dores”, “Nossa Senhora das Graças” e “Nossa Senhora do Parto”, entre outras. Na verdade, muito do que as estatísticas chamam de cristãos não passam de grosseiros pagãos, aprisionados por superstições e servindo a falsos deuses.
Curiosa é a descrição da deusa Diana feita por R.N. Champlin. Esse renomado teólogo diz que a deusa Diana e a deusa Maria se confundem, o que torna difícil encontrar a diferença entre a “Diana dos efésios” e a “Maria dos efésios”. Em 431 d.C., a idolatria tornava a entrar pela porta de onde saíra: “Em Éfeso ela recebeu as mais altas honrarias. De acordo com uma inscrição existente no local, ela trazia estes títulos: Grande Mãe da Natureza, Patrocinadora dos Banquetes, Protetora dos Suplicantes, Governanta, Santíssima, Nossa Senhora, Rainha, a Grande, Primeira Líder, Ouvidora...”2 (grifo do autor).
A ascensão de Maria
Segundo o catolicismo, “finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A assunção da Virgem Maria é uma participação singular na ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”.3
Qualquer conhecedor das Escrituras fica aborrecido diante de tamanha distorção. A humilde camponesa de Belém, que singelamente aceitou sua missão de ser a mãe de Jesus, foi, ao longo dos séculos, transformada em uma divindade pagã.
Em toda a Bíblia, a figura de Maria não recebe qualquer posição especial com relação a Jesus ou ao plano de salvação:
• Jesus não a chamava de mãe, mas de mulher (Jo 4.4; 19.26);
• Aos que a definiram como sua mãe Ele fez questão de mostrar que seus familiares são os seus seguidore(Mt 12.46-50);
• Quando quiseram atribuir alguma honra a Maria pelo fato de ter dado à luz a Jesus, Ele fez questão de mostrar que há honra maior em obedecer a Deus (Lc 11.27-28);
• Nenhum dos apóstolos fez qualquer menção a ela, seja Paulo, Pedro, Tiago, João ou Judas.
Mas quando olhamos para o marianismo, não vemos apenas uma ascensão física, mas uma ascensão de importância que vem, através dos séculos, transformando a mãe de Jesus na figura central do Catolicismo e, conseqüentemente, da fé popular.
Como isso foi possível? Como a Igreja Católica pôde transformar uma figura que não recebeu nenhum destaque no Novo Testamento na peça mais importante de sua religião? Como essa igreja conseguiu, em nome do Cristianismo, desobedecer ao mandamento tão claro: “Não terás outros deuses diante de mim?” (Ex 20.3). A tolerância, no entanto, é uma faca de dois gumes que, se exagerada, pode permitir que uma virgem se torne uma meretriz: “Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetisa. Com o seu ensino ela engana os meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos” (Ap 2.20). Quando os verdadeiros crentes precisaram tomar uma atitude mais severa, eles se calaram e a conseqüência disso foi a forte idolatria que se camuflou com o título de cristianismo. Assim, com o passar dos anos Maria foi acumulando títulos, adquirindo mais prestígio do que a própria Trindade.
Além da conhecida designação de “Nossa Senhora”, ela recebeu outras nomeações, como Medianeira, Imaculada (sem pecado), Mãe dos Homens, Mãe da Igreja, Rainha dos Céus, Co-redentora etc. A força de seu culto supera qualquer outro movimento dentro do Catolicismo.
A mariolatria continua mais forte do que nunca
A devoção às deusas do catolicismo cresceu nas últimas décadas e continua crescendo. Por meio de abaixo-assinado na internet para pressionar o papa João Paulo II a conceder a Maria de Nazaré o que os católicos chamam de “Quinto Dogma”, cinco milhões de assinaturas já foram levantadas. O “Quinto Dogma”, título oficial de co-redentora da humanidade, confere à santa a posição de quarta pessoa da Trindade.
O movimento que busca essa “conquista” chama-se Vox Populi Mariae Mediatrice e é liderado pelo “teólogo” Mark Miravalle, professor da Universidade Franciscana de Steubenville, no estado de Ohio, EUA. Pelo menos 500 bispos e 42 cardeais já assinaram o abaixo-assinado, conforme matéria publicada pela revista Tudo em setembro de 2001.
O papa atual foi e é um dos grandes fomentadores desse culto idólatra. O lema de seu brasão de pontificado, Totus tuus, significa sua entrega total a Maria. Sua primeira viagem, 13 dias após a eleição, foi a um santuário mariano nas proximidades de Roma. Desde então, o papa não perde a oportunidade de reafirmar seu culto à mãe de Jesus e de lembrar que foi “Nossa Senhora de Fátima” quem o salvou do atentado a tiros que sofreu em 1981.
No século XX, foram registradas em todo o mundo cerca de 200 supostas aparições da virgem Maria. Os dogmas da imaculada conceição e da assunção de Maria, proclamados no século XIX, colaboraram para todo esse entusiasmo.
Lamentamos o fato de que a humilde Maria não tem nenhuma culpa em toda essa idolatria cometida em seu nome. Com certeza, as rezas, os cânticos, os sacrifícios e as promessas não vão para ela que, assim como os demais servos do Senhor, também está aguardando a ressurreição dos mortos.
A história do concílio de Éfeso
O concílio de Éfeso não instituiu a adoração a Maria, apenas sancionou-a. Até então se tratava de um sentimento religioso popular. Depois disso, passou a ser matéria teológica. Pior que uma prática idólatra permitida é uma prática idólatra teologicamente defendida. E foi justamente isso que esse concílio significou para o cristianismo: o passaporte de entrada da deusa Diana para dentro da Igreja Cristã.
Hoje, fala-se muito do concílio de Éfeso como “uma questão cristológica”. O que estava em jogo não era se Maria deveria ser chamada de mãe de Deus ou não, mas se o Filho nascido dela possuía apenas a natureza humana ou as duas naturezas: a humana e a divina. O resultado positivo foi o estabelecimento da natureza hipostática de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Mas a deturpação veio de carona. Todo o ambiente que cercou esse Concílio foi repleto de intrigas, corrupções, ódios e idolatria, mais especificamente idolatria mariana. O historiador Edward Gibbon referiu-se ao concílio de Éfeso como um “tumulto episcopal, que na distância de treze séculos assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico”.4
Nestor, patriarca de Constantinopla, se recusava a conferir o título de “Mãe de Deus” a Maria. “Na Síria, a escola de Nestor tinha sido ensinada a rejeitar a confusão das duas naturezas, e suavemente distinguir a humanidade de seu mestre Cristo da divindade do Senhor Jesus. A bendita virgem era honrada como a mãe do Cristo, mas os seus ouvidos foram ofendidos com o irrefletido e recente título de Mãe de Deus, que tinha sido insensivelmente adotado desde a controvérsia ariana. Do púlpito de Constantinopla, um amigo do patriarca e depois o próprio patriarca, repetidamente pregou contra o uso, ou o abuso, de uma palavra desconhecida pelos apóstolos, não autorizada pela igreja, e que apenas tendia a alarmar os tímidos”, diz Gibbon (grifo do autor).
Cirilo, então bispo de Alexandria, acusou-o de heresia e tratou rapidamente de convencer Celestino, bispo de Roma, de seu ponto de vista. Para resolver a questão, foi então decidido um Concílio Universal, sediado na cidade de Éfeso, na Ásia Menor, que ficaria acessível tanto por mar quanto por terra, para ambas as partes conflitantes.
Cirilo usou todos os artifícios para persuadir o povo a tomar seu partido. Vejamos o que disse Gibbon a respeito: “O despótico primado da Ásia (Cirilo) dispôs prontamente de trinta a quarenta votos episcopais: uma multidão de camponeses e os escravos da Igreja foram derramados na cidade para sustentar com barulhos e clamores um argumento metafísico; e o povo zelosamente afirmou a honra da Virgem, de quem o corpo repousava dentro dos muros de Éfeso. O navio que havia transportado Cirilo de Alexandria foi carregado com as riquezas do Egito; e ele desembarcou um numeroso corpo de marinheiros, escravos e fanáticos, aliciados com cega obediência sob a bandeira de São Marcos e a mãe de Deus. Os pais e ainda os guardas do concílio estavam receosos devido àquele desfile esplendoroso de roupas guerreiras; os adversários de Cirilo e Maria foram insultados nas ruas ou destratados em suas casas; sua eloqüência e liberalidade fizeram um acréscimo diário ao número de seu aderentes...
“Impaciente com uma demora que ele estigmatizou como voluntária e culpável, Cirilo anunciou a abertura do Sínodo dezesseis dias após a Festa do Pentecoste. A sentença, maliciosamente escrita para o novo Judas (isto é, Nestor), foi afixada e proclamada nas ruas de Éfeso: os cansados prelados, assim que publicaram para a igreja com respeito à mãe de Deus, foram saudados como campeões, e sua vitória foi comemorada com luzes, cantos e tumultos noturnos.
“No quinto dia, o triunfo foi obscurecido pela chegada e indignação dos bispos orientais (do partido de Nestor). Em um cômodo da pensão, antes que ele tivesse limpado o pó de seus pés, João de Antioquia tinha dado audiência para Candidian, ministro imperial, que relatou seus infrutuosos esforços para impedir ou anular a violenta pressa dos egípcios. Com igual violência e rapidez, o Sínodo Oriental de cinqüenta bispos degradou Cirilo e Memnon de suas honras episcopais; condenou, em doze anátemas, o mais puro veneno da heresia apolinária; e descreveu o primado alexandrino (Cirilo) como um monstro, nascido e educado para a destruição da igreja.
“Pela vigilância de Memnon, as igrejas foram fechadas contra eles, e uma forte guarnição foi colocada na catedral. As tropas, sob o comando de Candidian, avançaram para o assalto; as sentinelas foram cercadas e mortas à espada, mas o lugar era inexpugnável; os sitiantes retiraram-se; sua retirada foi perseguida por um vigoroso grupo; eles perderam seus cavalos e muitos soldados foram perigosamente feridos com paus e pedras. Éfeso, a cidade da virgem, foi profanada com ódio e clamor, com sedição e sangue; o sínodo rival lançou maldições e excomunhões de sua máquina espiritual; e a corte de Teodósio ficou perplexa pelas narrativas diferentes e contraditórias dos partidos da Síria e do Egito. Durante um período tumultuado de três meses o imperador tentou todos os meios, exceto o mais eficaz, isto é, a indiferença e o desprezo, para reconciliar esta disputa teológica. Ele tentou remover ou intimar os líderes por uma sentença comum de absolvição ou de condenação; ele investiu seus representantes em Éfeso com amplos poderes e força militar; ele escolheu de ambos os partidos oito deputados para uma suave e livre conferência nas vizinhanças da capital, longe do contagioso frenesi popular.
“Mas os orientais se recusaram a ceder e os católicos, orgulhosos de seu número e de seus aliados latinos, rejeitaram todos os termos de união e tolerância. A paciência do manso imperador Teodósio foi provocada, e ele dissolveu, irado, este tumulto episcopal, que na distância de treze séculos assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico. ‘Deus é minha testemunha’, disse o piedoso príncipe, ‘que eu não sou o autor desta confusão. Sua providência discernirá e punirá o culpado. Voltem para suas províncias, e possam suas virtudes privadas reparar o erro e o escândalo deste encontro’.
“(...) os abades Dalmácio e Êutico tinham devotado seu zelo à causa de Cirilo, o adorador de Maria, e à unidade de Cristo. Desde o primeiro momento de sua vida monástica eles nunca tinham se misturado com o mundo ou pisado no chão profano da cidade. Mas neste terrível momento de perigo para a igreja, seus votos foram superarados por um mais sublime e indispensável dever. À frente de uma ordem de eremitas e monges, carregando archotes em suas mãos e cantando hinos à mãe de Deus, eles foram de seus mosteiros ao palácio do imperador”5 (grifo do autor).
Longe de ser uma disputa teológica, na qual a Palavra de Deus era o padrão da verdade, essa foi uma guerra política, ocasião em que Maria foi proclamada a “mãe de Deus”, iniciando uma ascensão que fez dela a deusa que é hoje.
Nem todas as sutilezas teológicas produzidas pelo catolicismo terão poder de inocentar os milhões apri-sionados na idolatria mariana. Nenhum longo tratado, nenhuma citação da patrística e nenhuma alegação da tradição serão suficientes para apagar dessas almas manchadas o envolvimento com essas entidades que se intitulam “Senhoras”. São mais de quinze séculos de práticas pagãs, justificadas por argumentos ilegítimos, tentando tornar aceitável o inaceitável.
Mas o fundamento de Deus permanece. “Não terás outros deuses diante de mim”, diz o Senhor. E muito menos deusas!
Bibliografia:
“O Novo Testamento interpretado versículo por versículo”. R.N. Champlin, Candeia.
“O Apóstolo”. Sholem Asch. Companhia Editora Nacional.
“Virgem Maria”. Aníbal Pereira dos Reis. Edições Caminho de Damasco.
Decline and Fall of Roman Empire. Edward Gibbon. Encyclopaedia Britannica. INC. Vol II
Revista “Tudo”. Setembro/2001
A História da Civilização – Nossa Herança Oritental. Will Durant, Ed. Record. Vol I.
Notas:
1 O Apóstolo. Sholem Asch, pp.386-387.
2 Revista Super ieressante de agosto 1988. número 8, ano 2.
2 O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. R.N. Champlin. Candeia, p .431.
3 CIC, p. 273, item 966.
4 Declínio e Queda do Império Romano. Vol II.
5 Decline and Fall of Roman Empire. Edward Gibbon. Encyclopaedia Britannica. INC. Vol II, pp. 140-142

KIT HOMOFOBIA.

KIT HOMOFOBIA. VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR?




Prezados Leitores, quero ser solidário à luta do Pastor Anselmo Melo, do Blog A Pedra, que publicou a matéria abaixo e está convocando todos os interessados na cessação da distribuição do kit contra a homofobia nas escolas de nossos país. Ao assistir o vídeo abaixo, vocês poderão decidir livremente se assinarão ou não o documento da petição pública. De minha parte reputo o vídeo como uma vergonha e acrescento que os primeiros pronunciamento do atual governo apontam para a provação do tão famigerado PNDH3, tantas vezes aqui denunciado como plano do Lula e do PT para agradar as exigências da ONU.
Abaixo o texto do meu amigo Pastor Anselmo:
Meu irmão. Precisamos passar da mera denúncia a ação. Ao clicar no título da matéria você será direcionado a página de uma petição pública com um abaixo assinado. Preencha posicionando-se contra a distribuição do kit gay. Transmita a seu amigos. Reproduza a matéria e o link com o abaixo assinado em seu blog e em todos os meios eletrônicos que você dispuser. Essa é uma ação em favor da preservação da família.Não precisa citar meu blog. Essa causa é de todo CRISTÃO!
Comentário: Quero aqui deixar bem claro, antes de mais nada, que eu pessoalmente não tenho nada contra os homossexuais. Tenho inclusive alguns amigos que se encaixam nesta categoria, pois a escolha é pessoal. Mas daí para incentivar crianças pequenas a serem homossexuais, isto é uma questão muito diferente.
"Encontrando Bianca" é um dos vídeos que integram o "kit contra homofobia" que o Ministério da Educação (MEC) planeja enviar para seis mil escolas de ensino médio de todo o país. Ele o vídeo, foi exibido durante seminário sobre o tema na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados no final do ano de 2010.
Um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos), produziu o kit de material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que será distribuída para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa "Mais Educação".
O trecho do debate incluindo o vídeo "Encontrando Bianca" pode ser visto abaixo. Este vídeo foi divulgado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) em seu canal no YouTube. "Esse kit tem título de combate à homofobia mas, na verdade, é um estímulo ao homossexualismo, um incentivo à promiscuidade", disse Jair Bolsonaro durante o encontro.
O resumo da história do vídeo: "um menino chamado Ricardo de 9 anos entra no banheiro da escola e, observa seu coleguinha fazendo xixi, ele se sente atraido pelo coleguinha e declara seu amor por ele. Na sala de aula, a tia o chama pelo nome, Ricardo, mas ele retruca, meu nome é BIANCA. No final estimula as crianças a assumirem sua identidade homossexual, e, a cartilha afirma que esta é uma atitude correta a ser tomada dentro de sala de aula."
Em Campo Grande, sob o comando do presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), vereadores querem proibir a distribuição do kit. Está aí um belo exemplo a ser seguido!!! Enquanto isto vemos de todos os lados uma artilharia contra o deputado Jair Bolsonaro, o acusando de homofóbico e inclusive que estaria sugerindo a violência contra homossexuais. Eu sou da opinião que cada um, dentro do limite do bom-senso é claro, educa seus filhos da maneira como quiser. Agora querer se intrometer na educação alheia e tentar mostrar quão bom é ser gay, e que isto é normal, já foi longe demais. Querer calar críticos usando o adjetivo de homofóbico é a mesma coisa que chamar aqueles que denunciam Israel como antisemitas.
Ao clicar em http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoAssinar.aspx?pi=PROL você será direcionado para um abaixo-assinado contra a distribuição do "kit".
Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos

ETERNIDADE, VOCE A DESEJA?

Paul Washer - Viva para a Eternidade!


.ASSISTA A ESSE VIDEO.













Fonte: [ Voltemos ao Evangelho ]

NOVAS HERESIAS?!!!! OU VELHAS ARTIMANHAS DA VELHA SERPENTE?

AMIGOS ESTA POSTAGEM LI ELA NO BLOG AO QUAL SIGO, PULPITO CRISTÃO. COLEI ESSE POST.
BOA LEITURA.

As novas heresias de Neusa Itioka
Por Renato Vargens
Quando eu penso que as coisas estão mais calmas nos arraiais evangélicos, eis que surge uma profeteira marcando a volta de Jesus. Quem afirmou isso, foi a "apóstola" brasileira Neusa Itioka. Neusa é Fundadora e presidente do Ministério Ágape Reconciliação e foi "consagrada" ao denominado ministério apostólico em Agosto de 2002. Ela possui o bachareado em Teologia (Faculdade Metodista Livre), é também formada em Pedagogia pela USP e doutora em Missiologia pelo Seminário Teológico Fuller e desde 1988 vem atuando na área de Libertação, Cura Interior e Batalha Espiritual.
Bom, isto posto, a profeteira em questão, em carta enviada de Campo Grande, Mato Grosso, aos Cristãos, afirmou que após assistir a um filme vendido na internet, se preocupou a cerca do que seria uma Nova Ordem Mundial supostamente criada pelas 13 famílias mais ricas do mundo, estes seriam os Iluminates que junto com a ONU estariam trabalhando para acelerar a vinda do anti-cristo. Segundo ela, nos próximo 6 anos teremos tempos difíceis para os Cristãos, até a volta de Jesus em 2017 ou 2018, quando Cristo inauguraria “seu reinado do milênio”. Neusa Itioka também previu para os próximos anos a eliminação de 90% da população mundial.
A teoria de Neuza a cerca da volta de Jesus se baseia na profecia do Rabino Ben Samuel, morto em 1217, que teria dito que 2017 seria um ano especial para Israel.
A fundadora do Ministério Ágape também pediu muitas orações e jejuns, recomendou ler 20 vezes os dois livros de Tessalonicenses e alertou que muitos evangélicos não irão ter com o Pai devido a suas condutas, mudanças de opinião ou pouca dedicação a Deus.
Confira a carta na integra:
Amados no Senhor Jesus Cristo. Viemos para esta cidade, passar alguns dias como férias merecidas. Mas, na realidade, Deus tem nos direcionado a buscá-Lo. Estamos lendo a Palavra, para ouvi-Lo e nos fortalecendo em jejum e oração. Neste ano que está passando, 2010, uma das diversas coisas que fizemos foi de orarmos e trabalharmos para que princípios do reino fossem estabelecidos, através do novo governo. Mas, aparentemente o que se vê, é a tendência da iniqüidade se multiplicar. E assim como Igreja e como nação, teremos de enfrentar uma situação difícil aos olhos dos servos de Deus. Mas, mesmo assim glorificamos a Deus, por que Ele está em controle!! O Senhor reina, como diz o salmista. No meio de aparente caos, o Senhor está em perfeito controle. E, assistindo aos DVDs da NOVA ORDEM MUNDIAL, apregoado por vários líderes, especialmente, as 13 famílias mais ricas e poderosas do mundo, famílias essas que se colocam como dominadores do mundo, entendemos claramente, que o Brasil caminha a passos largos, pela agenda da Elite Mundial. O nosso governo adotou a agenda da Elite Mundial, chamada Iluminates, agenda essa adotada pela ONU, Organização das Nações Unidas. E, isto está acontecendo para acelerar a vinda de Anti Cristo. Assim, entendemos que tudo contra o que lutamos está dentro do programa deles: a dissolução de família; a aprovação do aborto; o infanticídio; agenda homossexual; a pedofilia; a educação sexual pervertida das crianças; a adoção da feitiçaria como uma das nossas raízes – cultura africana; eliminação de símbolos religiosos de toda repartição pública da nação; a tentativa de fazer do Brasil, um modelo light de socialismo; imposição de imposto às igrejas evangélicas; a supressão da liberdade religiosa e liberdade de expressão. E, esta insistência de se alinhar com nações que têm como alvo, a eliminação de Israel do mapa também está dentro desta visão. Perguntávamos, por que o nosso governo estava se conduzindo de maneira tão louca e irracional, desrespeitando a visão e a convicção mais conservadora da grande população brasileira e apresentando um programa diametralmente oposto ao povo evangélico que cresce cada dia, a despeito de todos os problemas que apresentamos. Hoje, entendemos que de fato está acontecendo. O nosso governo juntamente com outros é apenas marionetes na mão dos dominadores deste mundo. Diante de tudo isto, o que Deus tem falado é que neste futuro próximo, á partir de 2011, teremos momentos difíceis de tristeza, sofrimento e dor. E, para enfrentarmos esta situação, temos que buscá-Lo, em jejum e oração. Se até agora, trabalhamos muito, e, vamos ter de trabalhar mais. E, os verdadeiros guerreiros descobrirão o descanso espiritual, em meio a luta, pois a guerra é do Senhor. Ele nos deu armas: a espada do Espírito, com Palavra de Deus que se transforma em decretos poderosos; a tocha flamejante que se constitui de mãos ungidas que se levantam para guerrear; a revelação da estratégia de Deus. E, como apóstolo Paulo diz aos Tessalonicenses que conservemos a fé e confiança absoluta em Deus, na sua bondade ilimitada e no seu grandioso poder, em todas as circunstâncias, sejam de perseguição ou injustiça; que a nossa esperança na salvação prometida por Deus, seja constantemente renovada; e a nossa perseverança em seguir a Jesus Cristo, em meio ao sofrimento seja inabalável; e que o amor a Deus e para uns pelos outros seja algo transbordante nas nossas vidas. Recomendamos ao povo mais próximo que lesse 20 vezes a epístola, I e II. Deus nos disse, em recado pessoal que, para este tempo, a arma mais poderosa é o amor. Devemos receber o amor renovado de Deus, cultivá-lo, para que a força dele nos una, destruindo toda barreira entre os irmãos, para confrontamos o inimigo. A crise, a perseguição, as dificuldades vão mostrar, verdadeiramente, quem somos. Muitos continuarão a lutar e apregoar os valores do reino: a santidade, a obediência a Deus, a honra a Palavra, a verdade, a vida plena em Cristo; a expansão do reino, a missão da Igreja; a guerra espiritual, a libertação e a cura. Mas outros vão se conformar tanto com a Nova Ordem Mundial que vão se alistar ao programa de eliminação de 90% da população mundial, quer através de guerras, quer através de disseminação ilimitada das drogas; quer através do holocausto silencioso e imperceptível de milhões de abortos, sacrifício dos fetos no altar de Moloque; quer por destruição paulatina da família. Deus já nos ordenou que temos de nos arrepender, pela Igreja que dorme o seu sono da última hora, antes do aparecimento do Noivo. Este arrependimento consiste em chorar, agonizar e confessar por identificação os pecados dos líderes da Igreja que traíram a Noiva de Cristo: arrependemo-nos por aqueles que venderam a igreja; que a conduziram ao engano, que estabeleceram alianças direta e indiretamente com Nova ordem Mundial, através das alianças. Devemos nos arrepender pelo povo, idólatra dos seus líderes, ignorante da Palavra, que está sendo conduzido para o inferno, sem saber. O nosso arrependimento inclui também arrependimento por milhares de crentes que estão se direcionando ao inferno, estão brincando como seguidores de Jesus Cristo. O evangelho de Jesus Cristo que iniciava com o negar a si mesmo, foi substituído pelo Evangelho de engorda do EU e da prosperidade barata, de construir os seus impérios e a busca do paraíso na terra. O arrependimento pela idolatria do ministério, da reputação, da fama e do sucesso a qualquer preço, está deixando o povo susceptível ao engano e a cegueira espiritual que o leva a seguir falsos pastores, mestres, profetas e apóstolos, o que Jesus Cristo havia nos advertido, há muito tempo. É bom lembrar das revelações que o Senhor trouxe a 7 jovens da Columbia, USA, em 1996, de que no inferno, no pior lugar de maior tortura, quem se encontram são os que, um dia conheceram a Deus e que pregaram uma coisa, mas viveram outra, se contradizendo. De acordo com alguns estudiosos e profetas e incluindo o rabino Ben Samuel que profetizou, que provavelmente, em 2017 ou 18, o Messias Jesus estaria inaugurando o seu reinado do milênio. Sim, de acordo com os acontecimentos, a figueira que representa Israel floresceu em 1947 e o Senhor disse que, a geração que assistiu o florescimento não passaria, até que todas estas coisas acontecessem. Uma geração dura 70 anos. De 1947 mais 70 anos corresponde a 2017. ( Lc. 21; 29-33) Aparentemente, o Messias está para voltar, logo e logo. Você e eu poderemos estar no meio desta igreja que sobe ou fica. Pois uma parte participou da boda do cordeiro, mas a metade não, de acordo com a parábola de dez virgens (Mt. 25:1-12) e de acordo com Apocalipse 12, a mulher , a Igreja deu a luz um menino que foi arrebatado e a mulher teve que ir para o deserto. Seremos a igreja que vai para o deserto ou faremos parte do filho que vai ser arrebatado, por Deus. Portanto, quando virmos estas coisas acontecendo, devemos levantar as nossas cabeças por que estará próxima a nossa redenção. E, de acordo, com a sua Palavra, continuamos a trabalhar muito, orando e profetizando a transformação das nossas famílias, igrejas, vilas, bairros, cidades e nações. Que você seja vitorioso, segundo os planos de Deus, neste 2011. Veremos a bondade de Deus, o seu poder e a sua misericórdia pelo povo de Deus, em meio aparente caos. Pois Ele Reina.
Comentando o TEXTO:
Sinceramente eu não sei como essa senhora consegue criar tantas bobagens e heresias. Ora, fundamentar suas percepções em profecias descabidas e alucinógenas é de uma sandice inigualável.
Lamentavelmente alguns dos denominados evangélicos são profissionais na arte de fabricar mitos e lendas. Aliás, vamos combinar um coisa? Essa senhora precisa de acompanhamento pastoral. Ao afirmar que o inferno está lotado de crentes, Neusa por si só propaga a velha heresia de que o crente em Jesus pode cair da graça. Além disso, fundamentar a volta de Cristo em achismos esquizofrênicos é demais da conta. Para piorar a situação a profeteira tem a cara de pau em afirmar que a base para sua visão escatológica se encontra na profecia de um rabino.
Pois é cara pálida, parece que alguns dos evangélicos têm vocação para ghostbusters, mesmo porque, vêem o diabo em tudo que é lugar. Alias, assusta-me o fato de que o adversário de nossas almas receba tanta atenção por parte dos cristãos.
Caro leitor, creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se devem ao fato de termos abandonado as Escrituras. Ora, não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. Soma-se a isso o fato de que para os cristãos a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos profetas e profetisas desta geração.
Isto posto, faço minhas as palavras do reformador alemão Martinho Lutero: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo oque preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir"
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens

Fonte: [ Blog do autor ]

QUEBRA DE MALDIÇOES HEREDITARIAS.






PAZ A TODOS.

LI A ALGUM TEMPO ESSE POST DO BLOG DOS BEREIANOS DO RUY MARINHO. EXELENTE.
DEPOIS DE LER ESSE TEXTO, UM POUCO EXTENSO, MAS NECESSARIO, SÓ CONTINUARA NESSE ENGANO (HERESIAS DE DEMONIOS) QUEM É CEGO ESPIRITUALMENTE.
COLEI ESSE POST DO BLOG CITADO. TODOS OS CREDITOS SAO DE EXCLUSIVA AUTORIA DO AUTOR CITADO, AO QUAL EU CONCORDO 100%.
BOA LEITURA.



QUEBRA DE MALDIÇOES HEREDITÁRIAS! QUEM PRECISA DELA?


Reconheço que existe uma maldição na vida de alguns crentes que devemos quebrar. E esta maldição é a “quebra de maldições hereditárias” propriamente dita. Algo que está impregnada em muitas igrejas pelo Brasil e pelo mundo afora.



Para abordar este tema, gostaria de colocar um pouco de minha vida para justificar que eu vivi esta realidade no passado. Portanto conheço bem os parâmetros colocados pelos defensores desta prática.



Eu me converti em uma igreja onde é praticado a quebra de maldições hereditárias, fui doutrinado com base nesta doutrina e durante alguns anos também preguei a mesma para muitas pessoas, até mesmo ministrei cultos de quebra de maldições hereditárias.



Mas eu sempre me questionei sobre a autenticidade desta doutrina, pois apesar de ter aprendido em minha igreja sobre a necessidade de se quebrar maldições hereditárias e também ministrar sobre isto, sempre quando me deparei com algumas passagens bíblicas eu ficava com muita dúvida. A bíblia diz que “nada podemos contra a verdade se não pela verdade” II Co 13:8. Portanto, não podemos ir contra a Bíblia jamais. Ela é a nossa única regra de fé e conduta. E a Bíblia estava me confrontando.



Um exemplo de passagem está em Romanos 14:12, onde diz: “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”. Como poderia alguém fazer quebra de maldições de antepassados se cada um de nós prestará contas de si mesmo á Deus?



Outra passagem que sempre me deixara preocupado é Romanos 8:1, diz: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” Como posso ter alguma condenação de maldição se estou em Cristo?



Mais uma passagem, 2 Co 5:17: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Se estamos em Cristo e tudo se fez novo, as coisas antigas já passaram, como poderei ter maldições sobre a minha vida?



E o que dizer desta passagem: "E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando na Cruz." Cl 2:13-14







Diante destas e outras passagens que veremos a seguir, me deixou com uma dúvida muito grande, dúvida esta que me levou a pensar: Como que um crente que aceita JESUS como seu Senhor e Salvador pode se apropriar da nova vida no mesmo? Isto ocorreria gradativamente sendo necessária inclusive a quebra de maldições ou as maldições são quebradas automaticamente após a conversão, pois JESUS se fez maldição por nós?



Isto me levou a buscar um aprofundamento e buscar base teológica sobre esta doutrina, o resultado deste estudo e a conclusão que eu cheguei você verá a seguir.





O EVANGELHO DA MALDIÇÃO



Uma das distorções doutrinárias mais difundidas entre o povo de Deus ultimamente é o ensino das “maldições hereditárias”, conhecido também como “maldição de família ou “pecado de geração”. Estes conceitos circulam bastante através da televisão, rádio, literatura e seminários nas igrejas. Muitos líderes, ministérios e igrejas, antes sólidos e confiáveis, acabaram sucumbindo a mais esse ensino controvertido e importado dos Estados Unidos.



Os pregadores da maldição afirmam que se alguém tem algum problema relacionado com alcoolismo, pornografia, de­pressão, adultério, nervosismo, divórcio, diabete, câncer e muitos outros, é porque algum antepassado viveu aquela situação ou praticou aquele pecado e transmitiu tal pecado ou maldição a um descendente. A pessoa deve então orar a Deus a fim de que lhe seja revelado qual é a geração no passado que o está afetando. Uma vez que se saiba qual, pede-se perdão por aquele antepassado ou pela geração revelada e o problema estará resolvido, isto é, estará desfeita a maldição.



Marilyn Hickey, autora norte-americana e que já esteve várias vezes no Brasil em conferências da Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), promove constantemente este ensino. Note suas palavras:



Se você ou algum de seus ancestrais deu lugar ao diabo, sua família poderá estar sob a “Maldição Hereditária”, e esta se transmitirá a seus filhos. Não permita que sua descendência seja atingi­da pelo diabo através das maldições de geração. Os pecados dos pais podem passar de uma a outra geração, e assim consecutiva­mente. Há na sua família casos de câncer, pobreza, alcoolismo, alergia, doenças do coração, perturbações mentais e emocionais, abusos sexuais, obesidade, adultério’? Estas são algumas das características que fazem parte da maldição hereditária nas famílias. Contudo, elas podem ser quebradas!



Um dos textos bíblicos mais usados pelos pregadores da maldição hereditária para defender este ensino é Êxodo 20:4-6: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”.



É preciso que se leve em consideração o assunto do texto aqui citado. De que trata, afinal, tal passagem? Alcoolismo, pornografia, depressão, ou problemas do gênero? É óbvio que não. O texto fala de idolatria e não oferece qualquer base para alguém afirmar que herdamos maldições espirituais de nossos antepassados em qualquer área das dificuldades humanas.



A narrativa do Antigo Testamento nos informa que sempre que a nação de Israel esteve num relacionamento de amor com Deus, ela não podia ser amaldiçoada. Vemos a prova disso em Números 23:7, 8, quando Balaque pediu a Balaão que amaldiçoasse a Israel. A resposta de Balaão aparece no versículo 23: “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel”. Por outro lado, sempre que a nação quebrou a aliança de amor com Deus, ela ficou exposta a maldição, calamidades e cativeiro.



É verdade que os filhos que repetem os pecados de seus pais têm toda a possibilidade de colher o que seus pais colheram. Os pais que vivem no alcoolismo têm grande possibilidade de ter filhos alcoólatras. Os que vivem blasfemando, ou na imoralidade e vícios, estão estabelecendo um padrão de comportamento que, com grande probabilidade, será seguido por seus filhos, pois “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Isso poderá suceder até que uma geração se arrependa, volte-se para Deus e entre num relacionamento de amor com ele através de Jesus Cristo. Cessou aí toda a maldição. Não deve ser esquecido também que o autor da maldição ou punição é Deus e que ela é a manifestação da sua ira. Note que, no final do versículo cinco do capítulo vinte de Êxodo, a Palavra de Deus declara que a maldição viria apenas sobre aqueles que aborrecem a Deus, algo que não se passa com o cristão.



A Bíblia ensina uma responsabilidade individual pelo pecado, como pode ser observado no livro do profeta Ezequiel:



“Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram? Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18:1-4). Seria o mesmo que afirmar nos dias atuais: os pais comeram chocolate e os dentes dos filhos criaram carie.



O capítulo 18 de Ezequiel dá a entender que havia se tornado um costume em Israel colocar a culpa dos fracassos pessoais nos antepassados ou em outros. Isso faz lembrar o que aconteceu no jardim do Éden, quando, por ocasião da Queda, o homem colocou a culpa na mulher e a mulher na serpente. Parece ser próprio do ser humano não admitir seus erros, buscando evasivas para não tratá-los de forma responsável à luz da Palavra de Deus. Infelizmente, alguns acham mais fácil culpar os antepassados do que enfrentar suas tentações.



O ensino da maldição de família mais escraviza do que liberta. Até crentes que há vários anos viviam alegres, evangelizando, servindo ao Senhor e dando frutos, agora estão preocupados, deprimidos, pensando que talvez as tentações, as dificuldades e lutas pelas quais estão passando sejam de fato reflexo de pecados ou do comportamento dos seus ancestrais. Não faz muito tempo, numa grande igreja pentecostal, um diácono, que havia participado de um desses seminários para quebra de maldições hereditárias, me procurou para aconselhamento. Tal irmão encontrava-se confuso e deprimido com as informações que recebera e queria saber o que a Bíblia tinha a dizer sobre tudo isso. Depois de uns dez minutos de conversa, ele respirou aliviado. Temos encontrado e ajudado a muitos outros em situações semelhantes pelos lugares por onde passamos, em diferentes partes do Brasil.



Ora, todo cristão é tentado, de uma forma ou de outra, uns mais, outros menos. Se um cristão enfrenta problemas em relação à pornografia, ao alcoolismo, ao adultério, à depressão ou a qualquer outro aspecto ligado às tentações, os métodos para vencer tais lutas devem ser bíblicos. O caminho para a vitória tem muito mais a ver com a doutrina da santificação, com o cultivo da vida espiritual através da oração, do jejum, da comunhão saudável numa determinada parte do Corpo de Cristo e do contato constante com a Palavra de Deus. O ensino da quebra de maldições hereditárias aparece como um atalho mágico e ilusório para substituir a doutrina da santificação, que é um processo indispensável a ser desenvolvido pelo Espírito Santo na vida do cristão, exigindo dele autodisciplina e perseverança na fé.







DOENÇA OU MALDIÇÃO?



Um outro aspecto incorreto desse ensino é confundir as doenças transmitidas por herança genética com maldições hereditárias espirituais. Isto pode ser observado nas declarações de Marilyn Híckey:



Será que você já observou uma família na qual todos os membros usam óculos? Desde o pai e a mãe até a criança menor, todos estão usando óculos, e geralmente os do tipo de lentes grossas. Essas pobres criaturas estão debaixo de uma maldição, e precisam ser libertas.



Não se pode construir uma doutrina em cima de uma observação, experiência ou somente porque uma família toda usa óculos! Existem muitas famílias em que apenas um ou outro membro usa óculos. O que aconteceu? Por que só alguns herdam a maldição e outros não? E se as doenças são maldições transmitidas de pais para filhos através dos genes (geneticamente), por que os pregadores dessa doutrina não quebram, por exemplo, a maldição da calvície, transmitida geneticamente? Até hoje não há notícia de que alguém tenha feito isso.



O Senhor Jesus nunca ensinou tal doutrina. Quando perguntado sobre o cego de nascença: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”, ele respondeu: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9:2-3). Alguns usam este texto para afirmar que os discípulos acreditavam na maldição de família, procurando dar assim legitimidade a tal ensino. É preciso lembrar que os discípulos nem sempre estiveram certos no período de treinamento que passaram juntos a Jesus. Certa vez, em alto-mar, quando Cristo se aproximava, eles pensaram ser ele um fantasma (Mt 14:26). Felizmente, os discípulos estavam errados em suas conclusões, pois eram humanos, sujeitos a erros. É óbvio que não erraram quando falaram e escreveram inspirados pelo Espírito Santo. Quanto ao cego de nascença, Jesus destruiu qualquer superstição ou crença que os discípulos pudessem ter de que a cegueira fora provocada pelos pecados de seus antepassados, e o próprio Jesus nunca ensinou tal doutrina.



Tal ensino não encontrou espaço também nos escritos do apóstolo Paulo. Ao contrário, quando escreveu aos coríntios pela segunda vez, declarou com muita certeza: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5:17). Aos efésios, ele afirma: “Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3). Onde existe espaço para maldições na vida de um cristão diante de uma declaração como esta?



Paulo não se deixou prender ao passado. Quando escreveu aos crentes de Filipos, declarou: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:13, 14).



É importante observar a sugestão do apóstolo Paulo a Timóteo, quando lhe escreveu a primeira carta: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1 Tm 5:23). Paulo nunca insinuou que a enfermidade de Timóteo fosse uma maldição de seus antepassados, pois sabia que Timóteo vivia numa natureza afetada pela desobediência dos primeiros país (Adão e Eva). Apesar de o Reino de Deus estar entre nós, ele ainda não chegou à sua plenitude, pois até a criação geme, aguardando ser redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8: 19-23). Paulo apenas sugeriu que Timóteo tomasse um pouco de vinho como um remédio para suas freqüentes enfermidades estomacais e não que fizesse a quebra das maldições hereditárias.





A CONVERSÃO É A SOLUÇÃO



Ensinar que um cristão tem que romper com maldições ou pactos dos antepassados pedindo perdão por eles é minimizar o poder de Deus na conversão. Isso está mais para o espiritismo ou mormonismo (com sua doutrina anti-bíblica do batismo pelos mortos) do que para o cristianismo. A Bíblia declara com muita ousadia: “Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25). O advérbio “totalmente” (panteles, no grego) tem o sentido de pleno, completo e para sempre. Jesus não salva em prestações, mas de uma vez por todas.



Marilyn Híckey chega a afirmar que: “Você pode decidir quanto ao destino exato da sua linhagem. Eles ou vão para Jesus, ou vão para o diabo”. Nada poderia estar mais longe da verdade. Quantos filhos há que hoje vivem uma vida cristã exemplar, são cheios do Espírito Santo, enquanto seus pais permanecem alheios ao Evangelho, rejeitando constantemente a palavra de salvação e até tentando dificultar-lhes a vida espiritual! Comigo também foi assim. Ai de mim se fosse esperar meu pai decidir sobre o meu futuro espiritual. Não sei onde estaria hoje.



É claro que os pais têm grande influência na formação espiritual dos filhos, mas o milagre da salvação é obra de Deus, e é pela graça que somos salvos (Ef 2:8, 9). É o Espírito Santo, o Consolador, quem convence o coração do pecado, da justiça e do juízo, como o próprio Senhor Jesus disse (Jo 16:7, 8). Paulo relatou aos gálatas que foi Deus quem lhe revelou seu Filho (Gl 1:15, 16). Assim, a salvação é uma revelação de Jesus Cristo em nossos corações, e não algo decidido somente pelos pais.



Observe o que aconteceu com os filhos de Samuel, um profeta de Deus e um homem íntegro, como pode ser observado em 1 Samuel 3:19 e 12:3. Apesar da integridade do pai, a Bíblia diz que seus filhos não andaram pelos caminhos dele:



“antes se inclinaram à avareza, e aceitaram subornos e perverteram o direito” (1 Sm 8:3).



Veja os reis de Israel e Judá. A narrativa do Antigo Testamento revela que muitos deles foram ímpios e tiveram filhos piedosos, enquanto outros foram piedosos e tiveram filhos ímpios. Eis alguns exemplos: Abias foi mau (1 Rs 15:3), mas seu filho Asa “fez o que era reto perante o SENHOR” (1 Rs 15:11). Jotão “fez o que era reto perante o SENHOR” (2 Rs.15:34), porém Acaz, seu filho, “não fez o que era reto perante o SENHOR” (2 Rs 16:2). Jeosafá agradou a Deus (2 Cr 17:1-4), enquanto Jeorão, seu filho, “fez o que era mau perante o SENHOR” (2 Cr 2 1:6). Assim, a seqüência de bondade ou maldade que deveria suceder na linhagem dos reis de Israel e Judá, de acordo com o que ensinam os pregadores da maldição de família simplesmente não aconteceu. A esses exemplos certamente não se poderia aplicar o provérbio: “Tal pai... tal filho”.



Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo escreveu aos irmãos de Corinto, na sua primeira carta, uma palavra tremendamente elucidativa quanto a esta questão: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Co 6:9-11; leia também Gl.5:17-21).



Pode-se notar que Paulo não afirmou no versículo onze:



“Mas haveis quebrado as maldições hereditárias, mas haveis pedido perdão pelos pecados dos antepassados” ou algo similar. Não, de modo algum, este não é o seu pensamento. Paulo afirma que aqueles que estiveram presos nos pecados haviam sido lavados, haviam sido santificados e justificados, sem qualquer necessidade de quebrar maldições dos antepassados.



Cabem aqui algumas perguntas: Qual é a maior das maldições? Sem dúvida é estar fora de Cristo. Qual a maior das bênçãos? Certamente é o estar em Cristo. Como se elimina a maior das maldições? Introduzindo a maior das bênçãos.



Os pregadores da maldição hereditária não deveriam pedir perdão pelos pecados da décima, nona, oitava ou de qualquer outra geração, mas deveriam, sim, pedir perdão pelos pecados de Adão e Eva, pois se houve brecha, foi ali, na queda do jardim do Éden, onde as maldições tiveram início. Ali está a raiz do problema. Isso, sim, seria um trabalho perfeito e completo. O leitor já imaginou se funcionasse? De repente, ninguém mais precisaria trabalhar para ganhar o pão, a mulher não sofreria mais ao dar à luz e os espinhos desapareceriam da Terra. É claro que não funciona, pois tal ensino não tem base na Palavra de Deus.







TEXTOS MAL INTERPRETADOS



Espíritos Familiares



Para defender o ensino da maldição hereditária, seus pregadores usam a expressão “espíritos familiares”, tradução de Levítico 19:31 e de outras passagens na Bíblia em inglês do Rei Tiago (King James Version). Observe o comentário de Marilyn Hickey quanto a isso:



O que são “espíritos familiares”? São maus espíritos decaídos que se tornaram familiares numa família. Eles a seguem, com suas fraquezas — pecado físico, mental, emocional — por todo caminho, atacando e tentando cada membro seu naqueles aspectos, pois estão cientes de suas inclinações. “Marilyn, como é que você sabe disso?” Porque o Antigo Testamento fala acerca dos “espíritos familiares” (Versão King James).



Usando o mesmo argumento, um certo autor comenta:



Nas traduções em português, usamos as palavras necromantes, adivinhadores e feiticeiros. Mas em inglês usa-se o termo espíritos “familiares” e é esta a base bíblica que temos para demonstrar que estes espíritos de adivinhação, necromancia e feitiçaria passam de geração em geração. Há um acompanhamento, por parte destes demônios, sobre as famílias. E eles transmitem os mesmos vícios, comportamentos e atitudes de que temos falado.



Defender um ensino controvertido com base na tradução de uma Bíblia em inglês (Versão do Rei Tiago) é algo inaceitável à luz da hermenêutica e da exegese bíblica. É preciso ter em mente que a Bíblia Sagrada não foi escrita em inglês. Para se entender o texto bíblico, é necessário que se faça a tradução e interpretação com base na língua em que ele foi escrito. No caso do Antigo Testamento, o hebraico, e não o inglês. Ao afirmar: “Mas em inglês se usa o termo espíritos familiares, e é esta a base bíblica que temos para demonstrar que estes espíritos de adivinhação, necromancia e feitiçaria passam de geração em geração”, o autor demonstra exatamente o contrário: não ter base bíblica para tal ensino.



Robert L.Alden, Ph.D., professor do Velho Testamento no Seminário Teológico Batista Conservador de Denver, Estado do Cobrado, nos Estados Unidos, esclarece:



A palavra ‘ob (original hebraico) aparentemente se refere àqueles que consultavam os espíritos, pois 1 Samuel 28 descreve alguém assim em ação. A famosa “feiticeira” de Endor é uma ‘ob. Ao povo de Deus foi ordenado ficar longe de tais ocultistas (Levítico 19:31). A punição por se envolver com tais “médiuns” era morte por apedrejamento (Levítico 20:27). Naturalmente ‘ob é incluída na lista de abominações semelhantes em Deuteronômio 18:10,11. Todas essas ocupações têm a ver com o ocultismo. Isaías desconsidera estes “necromantes” e sugere, pela sua escolha de palavras, que os sons dos espíritos assim emitidos não são nada mais do que ventriloquismo: “os necromantes e os adivinhos que chilreiam e murmuram” (Isaías 8:19).



É importante observar ainda que a Septuaginta (a versão grega do Antigo Testamento) emprega o termo eggastrímithoi (ventríloquo) para traduzir a palavra ‘ob de Levítico 19:31. A Bíblia informa em 1 Samuel 28:3 que Saul havia banido de Israel os adivinhos e os encantadores e não os espíritos familiares. Assim, a palavra hebraica ‘ob significa o “vaso” ou instrumento dos espíritos, portanto o médium ou necromante, conforme aparece na maioria das traduções da Bíblia, não oferecendo tal vocábulo base para quebra de maldições hereditárias na vida do cristão.



A crença de que a violência é provocada por espíritos familiares também não tem base bíblica. O apóstolo Paulo foi um homem violento. A Bíblia diz que “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas, e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (At 8:3). O apóstolo João, antes de se tornar o discípulo do amor, não hesitava em dar vazão à sua ira. Certa vez ele chegou a desejar que caísse fogo do céu para consumir os samaritanos que se recusaram a receber Jesus (Lc 9:52-54). Como abandonou Paulo sua violência e João deixou de ter um espírito ou temperamento vingativo? Sem dúvida, através da conversão e do viver com Cristo foi que eles foram transformados e libertos, e não através da quebra de maldição de família, algo que nunca fez parte de seus escritos.







ARVORE GENEALÓGICA



Embora haja quem sugira às pessoas para que desenhem árvores genealógicas a fim de facilitar a quebra das maldições, tal prática não encontra apoio na Bíblia. É verdade que encontramos genealogias nos Evangelhos de Mateus e de Lucas, as quais tinham a intenção de apresentar a linhagem de Jesus como o Messias de Israel. Não há, depois disso, em todo o Novo Testamento, preocupação com tal ensino. Ao contrário, o apóstolo Paulo até recomendou a Timóteo e a Tito que não se envolvessem com esse assunto (1 Tm 1:4 e Tt 3:9). Os mórmons, sim, na tentativa de resolver os problemas espirituais de seus falecidos através do batismo pelos mortos (uma prática antibíblíca), gastam muito tempo e dinheiro com genealogias, contrariando assim as Escrituras Sagradas.



Há os que dizem que devemos pedir perdão pelos pecados de P. C. Farias e de políticos acusados como corruptos. Outros estão sugerindo que, ao se encontrar uma pessoa negra na rua, deve-se chegar a ela e pedir perdão pelos pecados dos que promoveram a escravidão no Brasil. Há até aqueles que afirmam que os carros roubados no Brasil e levados ao Paraguai são uma maneira de Deus fazer os brasileiros pagarem aos paraguaios pelo mal que lhes fizeram em guerras passadas. Que absurdo!



Os que isto sugerem gostam de citar as orações de Esdras (capítulo nove), Neemias (capítulo nove) e Daniel (capítulo nove), em que eles fizeram confissão a Deus, citando os pecados de seus antepassados. Sabemos que as bênçãos do antigo pacto eram condicionadas à obediência do povo de Israel. Quando desobedecia, as maldições de Deus vinham sobre ele. Esdras, Neemias e Daniel de fato reconheceram o pecado de seus antepassados, mas pediram perdão pelos pecados do presente, da geração atual. Embora seja possível alguém sofrer as conseqüências dos pecados de terceiros, o mesmo não acontece com a culpa. A Palavra de Deus não culpa ninguém pelos pecados dos outros. A Bíblia em nenhum lugar ensina a interceder por quem já morreu, uma vez que após a morte segue-se o juízo, não oração ou pedido de perdão pelos mortos (Hb 9:27).



É preciso lembrar ainda que, à luz da Bíblia, ninguém pode se arrepender por outra pessoa. O arrependimento é algo pessoal, que se faz diante de Deus. A idéia de que “temos que até interceder, pedir perdão por pecados que aqueles antepassados cometeram, e quebrar os pactos que fizeram”, contradiz a Palavra de Deus, que afirma: “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12).





PROVÉRBIOS 26:2



Eis aqui outro texto freqüentemente mal usado pelos pregadores da maldição de família. Allen P Ross comenta que era comum acreditar que as bênçãos e as maldições tinham existência objetiva — uma vez proferidas, produziam efeito. Ele acrescenta: “As Escrituras esclarecem que o poder de amaldiçoar e de abençoar depende do poder daquele que está por trás dele (por exemplo, Balaão não pôde amaldiçoar o que Deus havia abençoado; Nm 22:38 e 23:8). Este provérbio realça a correção da superstição. A Palavra do Senhor é poderosa porque é a Palavra do Senhor — ele a cumprirá”. Nota-se então que não existe base para se usar tal texto a fim de defender a transferência de maldições de geração em geração.







MALDIÇÃO DE NOMES PRÓPRIOS



É o que ensina o livro Bênção e Maldição quando afirma:



A verdade é que há nomes próprios que estão carregados de maldição —já trazem prognóstico negativo (...) Por isso não convém dar aos nossos filhos nomes que tenham conotação negativa, que expressem derrota, tristeza, dureza: Maria das Dores, Mara (amargura), Dolores (dor e pesar), Adriana (deusa das trevas), Cláudio (coxo, aleijado), Piedade, Aparecida (sem origem, que não se sabe de onde veio).



Este é mais um ensino que vem acrescentar cargas desnecessárias sobre os crentes que passam a acreditar nele. Existem muitas pessoas hoje vivendo preocupadas devido ao nome que receberam ao nascer, algo sobre o que não tiveram controle e nem escolha. E, de novo, não há base bíblica para isso.



É verdade que há na Bíblia alguns nomes de pessoas que corresponderam às suas personalidades e às circunstâncias em que viveram. O próprio Deus mudou o nome de Abrão para Abraão, que significa “pai de uma grande multidão”. (“A mudança de Abrão para Abraão teve por fim reforçar a raiz da segunda sílaba para dar maior ênfase à idéia de exaltação”, J. D. Davis, Dicionário da Bíblia, p. 11.) O nome de Jacó foi ligado à “usurpador”, e ele assim se comportou por um bom período de sua vida (ver estudo "falácia da maldição nos nomes") , O legislador de Israel recebeu o nome de Moisés por que foi salvo das águas. Contudo, não se pode criar uma regra baseada em tais exemplos pelas razões que veremos em seguida.





A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas ímpias com nomes de bons significados, enquanto outras são boas, mas com nomes de significados nada recomendáveis. Veja o caso de Abias, que quer dizer “Jeová é pai”, filho de Samuel, um homem de Deus. Apesar de ter um bom nome e um bom pai, a Bíblia diz que ele não andou nos caminhos de Samuel e se corrompeu (1 Sm 8:3).



Já Absalão quer dizer “pai da paz”. Embora tendo um nome tão pacífico, ele tentou usurpar o trono de seu pai Davi, teve uma vida turbulenta e morreu de forma trágica (2 Sm.3:3; 13-19).



Daniel e seus amigos tiveram os nomes mudados pelo rei de Babilônia (Dn 1:7). Mesmo depois de receberem nomes ligados a deuses pagãos, isso não impediu que desfrutassem da bênção de Deus e permanecessem firmes na fé em Jeová. Logo, pode-se notar que o nome não influiu em nada.



Judas quer dizer “louvor”, um significado muito piedoso, mas isso não impediu que ele traísse o Senhor (Mt 26:48,49). Por outro lado, um outro Judas foi fiel e deixou uma carta escrita no Novo Testamento.



Bar-Jesus é um nome fantástico, que quer dizer “filho de Jesus”. Apesar do nome, ele era um mágico, um falso profeta, e resistiu a Paulo quando este pregava ao procônsul Sérgio Paulo (At 13). Apenas o nome não faz o homem. Se fizesse, as prisões no Brasil não estariam cheias de presidiários chamados de Abel, Moisés, Isaías, Daniel, Pedro, Lucas, Paulo e outros nomes bíblicos.



Há também homens e mulheres na Bíblia que serviram a Deus fielmente e foram vencedores na fé cristã, apesar dos nomes que tiveram com significados nada recomendáveis.



Apolo foi um homem de Deus, poderoso nas Escrituras (At 18:24-28), mas seu nome significa “destruidor”.



Hermes é um dos irmãos a quem Paulo envia saudações cristãs (Rm 16:14), porém seu nome é de um deus mitológico.



O interessante é que Paulo nunca instruiu esses irmãos para que fizessem oração de renúncia pelos nomes que possuíam, pois eles terão um novo nome no céu (Ap 2:17).



Alguns crentes até dão testemunho em público depois de pensar que foram bem-sucedidos ao amaldiçoar uma pessoa, uma empresa ou organização. Contam, por exemplo, que por não terem sido bem servidos num restaurante, o amaldiçoaram e o restaurante faliu. A Bíblia, porém, ensina que o cristão não deve amaldiçoar, mas, sim, abençoar. Ouçamos o conselho de Paulo: “Abençoai, e não amaldiçoeis” (Rm 12:14).



Alguns têm dito que a quebra das maldições hereditárias é bíblica, já que deu certo ou funcionou para um ou outro. O fato de ter dado certo não quer dizer que seja bíblica. Há muita coisa que funciona no espiritismo, na umbanda e na Ciência Cristã que nem por isso é bíblica. Geralmente, as distorções no seio da Igreja são muitas vezes baseadas apenas nas experiências, no subjetivo. Ora, não importa quão maravilhosa tenha sido a experiência; se ela contradiz as Escrituras e não tem base na Palavra de Deus, deve ser rejeitada, prevalecendo somente a Bíblia Sagrada, única regra de fé e prática para o cristão.



Para maiores informações, veja o estudo:



A falácia da maldição nos nomes











PODE UM CRISTÃO TER DEMÔNIOS?



Um dos temas mais polêmicos que a batalha espiritual tem gerado é se um cristão pode ter demônios. Muitos ministérios de libertação incluíram algum ritual para expulsar demônios de crentes em seus programas e isso tem acontecido em simpósios de batalha espiritual em muitas igrejas. Alguns teólogos também passaram, nos últimos anos, a aderir a tal posição e muitos deles reconhecem que o assunto é controvertido. De qualquer forma, a Bíblia Sagrada tem a palavra final sobre esta questão ou sobre qualquer outro assunto relacionado com a vida espiritual e o cristão.



Merrill F. Unger, um autor lido e seguido por várias pessoas que hoje desenvolvem ministérios de libertação espiritual no Brasil, reconhece a dificuldade de se tratar do assunto, ao declarar: A verdade da questão é que as Escrituras em nenhum lugar declaram que um verdadeiro crente não pode ser invadido por Satanás ou seus demônios. Naturalmente, a doutrina deve sempre ter precedência sobre a experiência. Nem pode a experiência jamais oferecer base para a interpretação bíblica. Apesar disso, se experiências consistentes chocam com uma interpretação, a única conclusão possível é de que há alguma coisa errada, ou com a própria experiência ou com a interpretação da Escritura que vai contra ela. Certamente a Palavra inspirada de Deus nunca contradiz a experiência válida. Aquele que procura a verdade com sinceridade deve estar preparado para consertar sua interpretação a fim de traze-la em conformidade com os fatos como eles são.



Unger já ensinou e escreveu, no passado, que somente os incrédulos estão sujeitos a endemoninhamento ou possessão demoníaca. Mais tarde ele mudou de idéia, e diz por que:



Em Biblical Demonology (Demonologia Bíblica), publicado primeiramente em 1952, a posição tomada era de que somente os incrédulos são expostos ao endemoninhamento. Mas, através dos anos, várias cartas e relatórios de casos de invasão demoníaca de crentes têm chegado a mim de missionários em várias partes do mundo. Como resultado, em meu estudo sobre a explosão atual do ocultismo intitulado Demons in the World Today (Demônios no Mundo de Hoje), que apareceu em 1971, a confissão é feita livre­mente de que a posição tomada no Biblical Demonology (Demonologia Bíblica) “foi assim entendida, pois a Escritura não resolve claramente a questão”.



Há alguns problemas com as declarações de Unger. Primeiro, ele diz que a Bíblia não afirma com clareza que um cristão não pode ser invadido por demônios. Ora, se a Bíblia não diz isso com clareza (o que não é verdade), como pode alguém então afirmar e ensinar sobre aquilo que não está claro na Palavra de Deus? Seria o mesmo que tentar ensinar escrever sobre o sexo dos anjos quando a Bíblia nada fala a questão. Se a Bíblia não é clara sobre a possessão de crentes, como pode alguém desenvolver então, biblicamente, uma prática de expulsar demônios de crentes? Simplesmente impossível.



Pode-se perceber também que Unger, que no passado ensinava que crentes não podiam ficar possessos, depois mudou de posição. A mudança veio não pela avaliação bíblica, mas, como ele mesmo conta, através de cartas e relatórios de missionários baseados em experiências dos campos de missões. Mas Unger não está só ao basear a possessão de crentes em experiências e não na Bíblia. Veja a opinião de Bill Subbritzky sobre o assunto: “Pode um cristão ter demônios? A resposta é enfaticamente sim! Se você tem sido informado de que isso não acontece, continue lendo e deixe o Espírito Santo guiá-lo nesta questão. Estou ciente do muito que se tem ensinado a respeito de os cristãos não poderem ter demônios. Contudo, através de minha experiência no ministério há quatorze anos, constatei que tal opinião é totalmente incorreta”.



Uma autora no Brasil demonstra ter também opinião semelhante ao declarar:



Muitos defendem que, uma vez que o crente é habitação do Espírito (1 Coríntios 6:19), torna-se impossível um demônio habitar onde o Espírito habita (...) o fato de o nosso corpo ter-se tornado o templo do Espírito Santo não quer dizer que jamais poderá ser ocupado por maus espíritos. Não deveria, mas é possível (...) Todos quantos se envolvem no ministério de libertação testemunham a manifestação de demônios em cristãos.



Certa líder na área da batalha espiritual segue a mesma linha desses autores e conclui:



Se partirmos do pressuposto de que os crentes não podem ter demônios ou não podem ficar endemoninhados, corremos o risco de deixar muitos crentes opressos dentro da igreja, vivendo uma vida de grande prisão, mornidão, com uma dificuldade tremenda para crescer. Afinal, o inimigo deseja uma vida cristã medíocre. E aqui é preciso esclarecer a questão da terminologia usada. De acordo com dezenas de estudiosos do grego, daimonozomenai significa “ter demônios” e é melhor traduzido pela palavra “endemoninhado”, nunca possesso, pois no Novo Testamento não vemos o uso do termo (...) Endemoninhado tem um significado lato, indicando o estado da pessoa que tenha um demônio ou até muitos demônios perturbando ou oprimindo sua vida. Quanto ao local onde ele fica, não é o mais importante. Ele pode ficar no corpo, fora do corpo, na alma da pessoa.”(Neuza Etioka).



Dois outros autores norte-americanos, John e Paula Sanford, acrescentam também:



Há aqueles que crêem que o cristão cheio do Espírito Santo não pode ser ocupado pelo poder demoníaco. Temos descoberto que isto não é um fato histórico, ainda que a teologia diga que o Espírito Santo e os demônios não podem habitar a mesma área. E o que tem acontecido. Temos expulsado demônios de centenas de crentes cheios do Espírito Santo, alguns deles não apenas cheios do Espírito Santo, mas poderosos servos do Senhor! Como isso acontece eu não posso explicar, mas tem sido para nós um fato incontestável de muitos anos de experiência exaustiva.’



Este é o segundo problema de Unger e é também o problema dos demais autores aqui mencionados: experiência, experiência, experiência. Na última citação, os autores até informam que nem sabem explicar como pode acontecer a expulsão de demônios de crentes, mas continuam levando tal prática adiante.







CRENTES NÃO FICAM POSSESSOS



Não creio na possessão demoníaca em crentes, pelas seguintes razões bíblicas:



1o - razão: o crente é santuário do Espírito Santo. “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Co 6:19, 20.)



O Espírito Santo não é um visitante esporádico na vida do crente. É morador definitivo, e não se ausenta de sua morada.



Paulo garante que não há possibilidade de convivência entre Cristo (Rm 8:9) e o maligno (Ef 2:2.) “Que harmonia entre Cristo e o maligno?” (2 Co 6:15.)



2o - razão: o Espírito Santo é zeloso pelo seu santuário. “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: Ë com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” (Tg 4:5.).



O Espírito Santo é a pessoa da trindade santa para a qual Jesus mais reivindicou o nosso cuidado na análise de fatos ou no evitar de palavras precipitadas. “Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.” (Mt 12:31, 32.)



Atribuir as obras de Jesus ao poder de Belzebu, o maioral dos demônios, já era pecado e blasfêmia contra o Espírito Santo, que estava sobre Jesus (Lc 4:18, 19), pois o Espírito Santo não pode ser veículo usado por Satanás. Diante de tal santidade e zelo será possível admitirmos que o Espírito Santo permitiria a entrada de força maligna em seu santuário? Louvado seja o seu nome porque ele não permite.



3o - razão: o crente é propriedade de Deus. É maravilhosa a declaração, de Paulo em Efésios 1:13, 14: “Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.” No verso 14, os crentes são chamados de “propriedade de Deus”. O sublime de tudo isto é que o Espírito Santo é o “penhor” da nossa ressurreição futura, ou seja, a garantia de que não estamos órfãos (Jo 14:18) e de que seremos transformados na ressurreição (1 Co 15:52.). A presença do Espírito Santo em nós é a garantia de que somos propriedade de Deus.



“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2:9.)



A propriedade é exclusiva. Essa “propriedade” não será loteada e vendida ao diabo.



4o - razão: Jesus é o valente que tomou posse da propriedade.



“Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens. Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos. (Lc 11:21, 22.)”.



O Senhor Jesus veio ao mundo “para destruir as obras do diabo.” (1 Jo 3:8.)



Jesus me fascinou pela sua valentia e coragem diante da cruz. Essa valentia é a mesma no que diz respeito a guardar os seus filhos das investidas do diabo na tentativa de possuí-los.



Jesus é o Senhor absoluto de sua casa (1 Pe 2:5) e de seu tabernáculo (2 Co 5:1), que são os nossos corpos.



5o - razão: O Espírito Santo intercede pelos crentes em suas fraquezas.



“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis.” (Rm 8:26.)



É porque o Espírito Santo perscruta até mesmo as profundezas de Deus que Ele pode interceder por nós de acordo com a vontade perfeita do profundo e humanamente insondável coração de Deus. “Porque, qual dos homens sabe as cousas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim também as cousas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.” (1 Co 2:11.)



Davi invocava o Espírito Santo para ajudá-lo a viver na perfeita vontade de Deus. “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano”.(Sl. 143:10.)!



O cristão não é um super-homem, mas é superprotegido graças à intercessão do Espírito Santo nas horas de maior fraqueza e necessidade.



6ª - razão: O imutável amor de Cristo garante a segurança.



“Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 8:37-39.)



O que nos dá segurança é o fato de o amor ser o de Cristo Jesus. Seu amor é sublime e leal, “é forte como a morte” (Ct 8:6) e a sua fidelidade está para além da fidelidade do crente, porque “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”. (2 Tm 2:13.)



“Bem-aventurado o homem que confia no amor de Cristo por sua vida”. A promessa para ele é: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite a lua, O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.” (Sl 121:5-7.)



O crente jamais será esquecido pelo amado Senhor Jesus, pois o seu nome está nas palmas de Sua mão. “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim.”(Is 49:15, 16.)



O crente pode reivindicar todas as promessas da Palavra de Deus, “Porque quantas são as promessas de Deus tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para a glória de Deus, por nosso intermédio” (2 Co 1:20.)



Um filho de Deus jamais ficará possesso por espíritos malignos. Esta é a confiança.



Fonte: http://www.cacp.org.br/jornalquebra.htm







Portanto, esta é a minha conclusão. A palavra de Deus é "luz para os meus caminhos", conheci a verdade e a mesma me libertou (Jo 8:32). Paguei um preço alto para consertar este erro, mas jamais poderia continuar a pregar algo que vai contra a Biblia. Hoje Deus está honrando a minha vida com um ministério novo e verdadeiro. Obrigado Senhor!



Graça e Paz!





Pr. Ruy Marinho